SEUL (Reuters) - Pelo menos 146 pessoas morreram em um tumulto em Seul, Coreia do Sul, após uma multidão se concentrar em um distrito central da cidade para festividades de Halloween na noite deste sábado, disseram autoridades de emergência.
Outras 150 pessoas ficaram feridas no esmagamento no distrito de Itaewon, em Seul, disse Choi Sung-beom, chefe do Corpo de Bombeiros de Yongsan.
Muitos dos feridos estavam em estado grave e recebendo tratamento de emergência, disseram as autoridades.
O fato ocorreu por volta das 22h20, no horário local. Um grande número de pessoas caiu no beco durante as festividades, disse Choi. Muitas usavam máscaras e fantasias de Halloween.
Muitas das vítimas eram mulheres na casa dos vinte anos, disse Choi.
Testemunhas descreveram cenas caóticas momentos antes do ocorrido, com a polícia tendo problemas para manter o controle da multidão.
Imagens de rede social mostraram centenas de pessoas amontoadas no beco estreito e inclinado, esmagadas e imóveis, enquanto funcionários de emergência e policiais tentavam libertá-las.
Outras imagens mostraram cenas caóticas de bombeiros e cidadãos auxiliando dezenas de pessoas que pareciam estar inconscientes.
Uma testemunha do ocorrido disse que um necrotério improvisado foi instalado em um prédio adjacente ao local. Cerca de quatro dúzias de corpos foram transportados posteriormente em macas com rodas e transferidos para uma instalação do governo para identificação das vítimas, segundo a testemunha.
Este foi o primeiro evento de Halloween em três anos depois que o país suspendeu as restrições da Covid-19.
O distrito de Itaewon é popular entre os jovens sul-coreanos e expatriados, com dezenas de bares e restaurantes lotados neste sábado para o Halloween, depois que os negócios sofreram um declínio acentuado ao longo da pandemia.
"Você veria grandes multidões no Natal e fogos de artifício... mas isso era dez vezes maior do que qualquer coisa", disse Park Jung-hoon, 21, à Reuters no local.
O toque de recolher em bares e restaurantes e o limite de 10 pessoas para reuniões privadas foram suspensos em abril. A obrigatoriedade de uso de máscara ao ar livre foi retirada em maio.
O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, presidiu uma reunião de emergência com assessores sêniores.
"A área ainda está caótica, então ainda estamos tentando descobrir o número exato de pessoas feridas", disse Moon Hyun-joo, funcionário da Agência Nacional de Bombeiros.
Estrangeiros estavam entre os transferidos para hospitais próximos.
As autoridades disseram que estão investigando a causa exata do incidente.
(Por Soo-hyang Choi)