ANCARA/BEIRUTE (Reuters) - Os Estados Unidos se comprometeram a parar de fornecer armas a uma milícia curda na Síria, disse a Turquia neste sábado, pedindo a Washington que remova imediatamente suas tropas da cidade síria de Manbij, onde as forças turcas planejam atacar.
A ofensiva por ar e terra da Turquia na região Afrin, no noroeste da Síria, contra a milícia curda YPG abriu uma nova frente na guerra civil que já dura sete anos na Síria e prejudicou as relações com Washington, seu aliado na Otan.
O governo turco vê os integrantes do YPG como terroristas e como uma extensão do ilegal Partido dos Trabalhadores Curdos (PKK, na sigla em inglês) e tem ficado enfurecido pelo apoio dos EUA, incluindo armas e treinamento, à milícia. Os combatentes curdos tiveram um papel proeminente nos esforços liderados pelos EUA para combater a linha dura do Estado Islâmico na Síria.
Desde o início da incursão de oito dias, chamada "Operação Ramo de Oliveira" por Ancara, o presidente Tayyip Erdogan tem dito que as forças turcas iriam ao leste em direção à cidade de Manbij, potencialmente colocando-os em confronto com tropas dos EUA que estão instaladas lá.
O assessor de Segurança Nacional dos EUA, H.R. McMaster, disse ao porta-voz de Erdogan, Ibrahim Kalin, em uma ligação telefônica que os Estados Unidos não forneceriam mais armas ao YPG, disse a Presidência turca neste sábado.