Por Richard Balmforth e Pavel Polityuk
KIEV (Reuters) - A Ucrânia acusou nesta segunda-feira dois militares russos capturados de supostamente serem parte de um grupo de Forças Especiais que matou e feriu militares ucranianos em confrontos nas regiões ao leste e disse que iria processá-los por "atos terroristas".
Os ucranianos aproveitaram a captura dos dois russos, ambos feridos, para dar força às acusações de envolvimento militar russo direto no conflito separatista, apesar de um cessar-fogo assinado em fevereiro. A Rússia negou qualquer papel na região.
Em um vídeo postado na Internet pelo Ministério do Interior da Ucrânia, um dos prisioneiros deu seu nome como Alexander Alexandrov. Ele disse estar em uma missão de espionagem como parte de um grupo de "truques sujos" de 14 pessoas, da cidade russa de Togliatti.
A captura e possível processo dos dois russos e o potencial constrangimento para o presidente da Rússia, Vladimir Putin, vem à medida que os Estados Unidos e a União Europeia pressionam Moscou para implementar totalmente os acordos de paz de Minsk como passo para terminar a crise.
Mais de 6.100 pessoas foram mortas e a relação entre a Rússia e o ocidente entrou em crise desde que separatistas pró-Rússia se rebelaram contra a liderança pró-Ocidente, tomando o poder na Ucrânia há pouco mais de um ano. A Rússia acusa Kiev de violar a trégua.