BERLIM (Reuters) - O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, fez um apelo em entrevista a um jornal alemão, publicada nesta segunda-feira, aos aliados da Ucrânia para considerarem um boicote à Copa do Mundo de 2018 na Rússia caso Moscou não retire suas tropas do território ucraniano.
Poroshenko disse ao jornal Bild que preferia manter futebol e política separados, mas isto não é possível quando o clube ucraniano Shakhtar Donetsk tem que jogar a 1.200 quilômetros, em Lviv, porque Donetsk está ocupada por separatistas pró-Rússia.
"Acho que tem que haver uma discussão sobre o boicote a esta Copa do Mundo. Enquanto tiverem tropas russas na Ucrânia, acho que a Copa naquele país é impensável", disse Poroshenko, que estava em Berlim nesta segunda-feira para visita oficial.
O presidente ucraniano disse que iria pedir à chanceler alemã, Angela Merkel, para forçar sanções mais firmes na Rússia por conta do que descreveu como violações separatistas repetitivas do cessar-fogo, o qual a chanceler ajudou a intermediar.
Poroshenko também iria pedir à chanceler mais ajuda militar não letal para as forças ucranianas.
"Nós precisamos estar aptos a nos defendermos e protegermos nosso soldados. Nós precisamos de radares, drones, rádios e equipamentos de visão noturna. Eu irei falar com a chanceler sobre isto", disse Poroshenko.
"Não é sobre armas de ataque - nós não queremos atacar ninguém", completou.
(Reportagem de Stephen Brown) 2015-03-16T114328Z_1006940001_LYNXMPEB2F0HQ_RTROPTP_1_MUNDO-UCRANIA-POROSHENKO-BOICOTE-RUSSIA.JPG