Por Gabriela Baczynska e Alastair Macdonald
BRUXELAS (Reuters) - A União Europeia ofereceu nesta segunda-feira deixar o Reino Unido manter seus benefícios de participação por 21 meses após o Brexit para ajudar empresas a se adaptarem, mas rejeitou a ideia de que Londres pode bloquear novas leis da UE durante a transição.
Ministros dos 27 outros Estados demoraram somente dois minutos em Bruxelas para endossar novas instruções ao negociador Michel Barnier, que irá iniciar conversas em breve com o objetivo de selar um pacote de transição dentro de alguns meses.
A rápida assinatura foi uma nova demonstração da união que mostraram ao forçar a primeira-ministra britânica, Theresa May, a aceitar esboços dos termos de divórcio há um mês e um sinal do quão longe acreditam que terão mais poder na situação.
O porta-voz de May elogiou o acordo da UE, dizendo estar em linha com as metas do Reino Unido, embora diversas diferenças tenham permanecido.
Uma diferença exposta nos dias recentes, conforme May tenta manter alas rivais do seu partido juntas, foi uma sugestão do secretário do Brexit, David Davis, de que o Reino Unido deveria ter uma maneira de “resolver preocupações” sobre novas leis aprovadas pela UE assim que não possuir mais voto.
Pressionado sobre como isto poderia funcionar, Barnier disse que a oferta é principalmente a favor dos interesses britânicos e que não está aberta para negociações significativas:
“O Reino Unido deve reconhecer estas regras do jogo e aceitá-las desde o princípio”, disse a repórteres.
“Caso contrário... haveria um mercado único estilo ‘à la carte’. Isto não é possível.”