Por Elias Biryabarema
CAMPALA (Reuters) - Uganda confirmou sete casos de ebola, um deles em um homem que morreu nesta semana, e sete outras mortes estão sendo investigadas como casos suspeitos de uma cepa para a qual não há vacina, disseram autoridades nesta quinta-feira.
O homem de 24 anos que morreu apresentava febre alta, diarreia e dores abdominais, e vomitava sangue. Depois de inicialmente ser tratado para a malária, ele foi diagnosticado com a cepa do Sudão do vírus Ebola.
"Até hoje, temos sete casos confirmados, dos quais temos uma morte confirmada", disse Kyobe Henry Bbosa, comandante de incidentes de ebola no Ministério da Saúde de Uganda, em um comunicado.
"Mas também temos sete casos prováveis que morreram antes da confirmação do surto."
Bbosa disse que suas investigações ainda não identificaram o caso índice, ou o "paciente zero", mas disse que o surto parece ter começado no início de setembro "quando as pessoas começaram a morrer" em uma pequena vila no distrito de Mubende, na região central de Uganda.
Uganda relatou pela última vez um surto da cepa de ebola do Sudão em 2012.
A cepa é menos transmissível do que o ebola do Zaire, disse Patrick Otim, oficial de emergência de saúde do Escritório Regional da Organização Mundial da Saúde para a África, no comunicado, acrescentando que houve uma taxa de mortalidade menor em surtos anteriores.
No entanto, Otim disse que a cepa do Sudão representa uma ameaça maior porque o mundo ainda não tem uma vacina para ela, como possui para a cepa do Zaire.
Em 2019, Uganda sofreu um surto de ebola do Zaire. O vírus foi importado do vizinho Congo, que lutava contra uma grande epidemia em sua região nordeste.
(Reportagem de Elias Biryabarema e George Obulutsa)