Universidades dos EUA têm alertado estudantes e funcionários estrangeiros sobre os possíveis riscos de deportação a partir de 2025 durante o governo do presidente eleito Donald Trump (Partido Republicano). Segundo o Higher Ed Immigration, existem mais de 400 mil imigrantes ilegais matriculados em instituições do país.
Uma das promessas de campanha de Trump é a deportação em massa de pessoas em situação irregular, com possível ajuda de recursos militares. “Todos os estudantes internacionais estão preocupados”, disse Chloe East, professora da Universidade do Colorado, em Denver, à BBC. “Os estudantes estão incrivelmente sobrecarregados e estressados como resultado da incerteza em torno da imigração”.
Tom Homan, o “Czar das fronteiras” indicado por Trump para presidir a Agência de Imigração e Fiscalização Aduaneira dos EUA, conhecida pela sigla ICE, disse que os criminosos violentos e as ameaças à segurança nacional terão prioridade de remoção. As universidades do país, no entanto, seguem preocupadas com o tema.
Neste mês, a Universidade de Massachusetts emitiu um alerta aos estudantes e professores internacionais para que fosse considerado “fortemente” o regresso ao campus antes da posse de Trump, em 20 de janeiro de 2025.
“Com base na experiência anterior com proibições de viagens decretadas na 1ª administração Trump em 2016, o Gabinete de Assuntos Globais faz este aviso com muita cautela”, disse a instituição. O MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) também está entre as universidades que enviaram avisos aos alunos estrangeiros.
O Escritório de Estudantes e Acadêmicos Internacionais da Universidade de Yale realizou um webinar no mês de novembro sobre as preocupações dos estudantes internacionais em relação as possíveis mudanças nas políticas de imigração, segundo publicação do jornal estudantil da universidade.
“Como já fizemos sob qualquer administração antes, sempre apoiaremos nossa comunidade internacional e faremos tudo o que for possível para garantir que Yale e os EUA continuem sendo um lugar acolhedor para estudantes e acadêmicos internacionais”, disse Ozan Say, diretor do Escritório de Estudantes e Acadêmicos Internacionais, durante o webinar.