Por Mukhammadsharif Mamatkulov e Olzhas Auyezov
TASHKENT/ALMATY (Reuters) - O Uzbequistão disse nesta quarta-feira ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que está pronto para fazer tudo que puder para ajudar a investigar um ataque em Nova York no qual um uzbeque é suspeito de ter matado oito pessoas por atropelamento com uma caminhonete alugada.
O governo uzbeque se manifestou depois que uma autoridade das forças de segurança dos EUA descreveu o suspeito como um imigrante nascido no Uzbequistão, um país predominantemente muçulmano da Ásia Central que foi parte da União Soviética.
O presidente uzbeque, Shavkat Mirziyoyev, fez a oferta de ajuda em uma carta de pêsames a Trump na qual repudiou o ataque "extremamente brutal" e disse que não pode haver justificativa para tamanha violência.
"De nosso lado, estamos prontos para usar todo nosso poder e recursos para cooperar na investigação deste ato terrorista", escreveu Mirziyoyev na carta, que foi publicada no site do Ministério das Relações Exteriores de seu país. "Expressamos nossa solidariedade com o povo dos EUA".
O ataque isolado mais letal contra nova-iorquinos desde o 11 de setembro de 2001, quando suicidas sequestraram dois aviões de passageiros e os lançaram contra o World Trade Center, é um desafio para Mirziyoyev, que tomou posse no final de 2016 e está tentando abrir sua nação lentamente depois de décadas de governos autoritários.
Mais cedo nesta quarta-feira, uma autoridade da chancelaria do Uzbequistão disse a repórteres que a pasta está investigando relatos de que o agressor é um cidadão de seu país. Se a identidade for confirmada, se tratará do quarto atentado fatal realizado por um cidadão uzbeque ou de etnia uzbeque neste ano -- todos ligados ao Estado Islâmico.
A polícia não quis identificá-lo publicamente, mas uma fonte a par da investigação disse que ele se chama Sayfullo Saipov e tem 29 anos.
A rede CNN e outros veículos de mídia norte-americanos disseram que Saipov deixou uma nota dizendo que cometeu o atentado em nome do Estado Islâmico e que gritou "Allahu Akbar" --"Deus é o maior" em árabe-- ao saltar da caminhonete. Ele emigrou para os EUA em 2010 e morou na Flórida, segundo outros canais de mídia.