Por Philip Pullella
CIDADE DO VATICANO (Reuters) - O Vaticano dispensou um padre de seu posto em um serviço da Santa Sé neste sábado, depois que ele disse a um jornal que é gay e exortou a Igreja Católica a alterar a sua posição sobre a homossexualidade.
O monsenhor Krzystof Charamsa foi removido de sua posição na Congregação para a Doutrina da Fé, braço doutrinal do Vaticano onde trabalhava desde 2003, segundo um comunicado.
Charamsa, de 43 anos e teólogo polaco, anunciou que é gay e tem um parceiro em uma longa entrevista com o jornal italiano Corriere della Sera neste sábado.
Mais tarde, ele realizou uma coletiva de imprensa com o seu parceiro, um homem espanhol, e ativistas gays em um restaurante de Roma. Eles haviam planejado uma manifestação em frente ao Vaticano, mas mudaram o local várias horas antes do momento em que o evento deveria ter começado.
O Vaticano disse que a demissão de Charamsa não tem relação com seus comentários sobre sua situação pessoal, que afirmou "merecer respeito".
Mas o Vaticano disse que ter dado a entrevista e a manifestação prevista foram atos "graves e irresponsáveis", dado o seu calendário, às vésperas de um sínodo de bispos que vai discutir questões de família, incluindo como chegar aos gays.
O Vaticano acrescentou ainda que as ações do padre sujeitariam o sínodo, que o Papa Francisco deve abrir no domingo, a "pressão da mídia indevida".