CARACAS (Reuters) - Autoridades venezuelanas soltaram até agora 44 ativistas de oposição ao governo socialista durante o Natal, mas muitos outros permanecem presos, disse um grupo de direitos humanos nesta terça-feira.
O governo do presidente Nicolás Maduro disse que irá libertar no total 80 ativistas presos, que receberam punições alternativas como prestação de serviço comunitário por crimes que vão de violência à subversão durante protestos em 2014 e 2017.
A oposição diz que os ativistas que estão sendo liberados --e os quase 200 ainda detidos-- são peões de uma "ditadura" que pune injustamente protestos e discordância.
A organização local Fórum Penal confirmou que 44 pessoas foram liberadas desde o dia 23 de dezembro, mas criticou o governo por manipular seus casos em troca de ganhos políticos.
Treze dos ativistas liberados foram exibidos em frente a câmeras de televisão em uma reunião com a chefe da Assembleia Constituinte da Venezuela, Delcy Rodríguez, que os repreendeu, mas também desejou um feliz Natal.
As liberações acontecem apenas alguns dias antes da data em que o governo da Venezuela e a oposição devem retomar conversas de mediação na República Dominicana.
(Reportagem de Andrew Cawthorne)