CARACAS/BOGOTÁ (Reuters) - A Venezuela prendeu três norte-americanos e duas outras pessoas -- um boliviano e um peruano -- por supostamente participarem de atividades terroristas, afirmou nesta quinta-feira o ministro do Interior, Diosdado Cabello, aumentando assim a lista de prisioneiros estrangeiros no país sul-americano.
O governo do presidente Nicolás Maduro acusa regularmente membros da oposição e estrangeiros detidos de conspirarem com entidades dos Estados Unidos, como a CIA, para planejar ataques terroristas.
A Venezuela soltou dezenas de prisioneiros, incluindo dez norte-americanos, em dezembro de 2023, após meses de negociação entre Caracas e Washington. Em troca, os EUA soltaram Alex Saab, um empresário colombiano e aliado próximo de Maduro.
A nova lista de presos eleva o número de estrangeiros detidos na Venezuela para pelo menos 12.
“Os estrangeiros presos falam espanhol perfeitamente, um requisito necessário para que se infiltrem nas comunidades”, disse Cabello na emissora estatal de televisão.
No mês passado, autoridades disseram ter prendido outros quatro norte-americanos, dois espanhóis e um tcheco. O Departamento de Estado norte-americano afirmou que “um militar dos EUA” estava entre os detidos.
Cabello não revelou quando os cinco foram presos, mas disse que um dos norte-americanos, Jonathan Pagan Gonzalez, foi capturado no Estado de Zulia.
“A segurança dos cidadãos norte-americanos em todo o mundo é nossa prioridade, e vamos juntar mais informações sobre isso nas próximas horas”, afirmou o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller.
Segundo Cabello, os outros dois cidadãos dos EUA são David Guttenberg Guillaume e Gregory David Werber. Foram mostradas fotos de ambos.
(Reportagem de Deisy Buitrago, Vivian Sequera e Julia Symmes Cobb, reportagem adicional de Daphne Psaledakis em Washington)