CARACAS (Reuters) - Um feto cuja mãe provavelmente tinha o Zika vírus teve microcefalia, uma má-formação craniana, e acabou morrendo, disseram médicos nesta sexta-feira. Trata-se do primeiro caso na Venezuela ligando a infecção a danos cerebrais em bebês.
O vírus, que é transmitido por mosquitos, vem sendo ligado a milhares de casos suspeitos de microcefalia no Brasil, e um estudo recente aponta que o vírus pode estar associado a mortes intra-uterinas.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) decretou o Zika uma emergência de saúde pública mundial em 1o de fevereiro, citando uma relação de "forte suspeita" entre infecção de Zika na gravidez e microcefalia.
Autoridades de saúde pública dizem que esse elo está ganhando força graças a novos indícios, mas creem que podem ser necessários anos para se provar uma conexão.
No caso venezuelano, a mulher não identificada de 24 anos do Estado de Monagas teve uma irritação cutânea e um mal-estar geral na 13a semana de gestação em janeiro, de acordo com um relatório de médicos da Universidade Central da Venezuela (UCV).
A mulher testou negativo para cytomegalovirus, rubéola, dengue e chikungunya.
A Venezuela informou no mês passado que os casos suspeitos de Zika tinham subido para 5.221.