Vice-presidente dos EUA visita Groenlândia nesta 6ª-feira em meio a desejo de Trump de controlar a ilha

Publicado 28.03.2025, 10:31
Atualizado 28.03.2025, 10:35
© Reuters. Vista de casas em Nuuk, na Groenlândian27/03/2025nREUTERS/Leonhard Foeger

Por Tom Little e Leonhard Foeger

NUUK, Groenlândia (Reuters) - O vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, visitará a Groenlândia nesta sexta-feira, em um momento em que o presidente norte-americano, Donald Trump, está renovando sua insistência de que Washington deve assumir o controle do território dinamarquês semiautônomo.

Em uma versão alterada de um plano de viagem que irritou autoridades da Groenlândia e da Dinamarca, Vance visitará a base militar dos EUA em Pituffik, no norte da ilha ártica.

A delegação, que também incluirá a esposa de Vance, Usha, o conselheiro de segurança nacional, Mike Waltz, e o secretário de Energia, Chris Wright, deve aterrissar por volta das 12h30 (horário de Brasília).

Protestos de residentes haviam sido planejados para a visita, mas a mudança no plano de viagem significa que Vance e sua esposa não se encontrarão com a população local.

De acordo com os termos de um acordo de 1951, os EUA têm o direito de visitar sua base sempre que quiserem, desde que notifiquem a Groenlândia e Copenhague. Pituffik está localizada ao longo da rota mais curta da Europa para a América do Norte e é vital para o sistema de alerta de mísseis balísticos dos EUA.

Trump reiterou seu desejo de assumir o controle da Groenlândia na quarta-feira, dizendo que os EUA precisam da ilha para a segurança nacional e internacional.

"Portanto, acho que iremos até onde for necessário. Precisamos da Groenlândia e o mundo precisa que tenhamos a Groenlândia, inclusive a Dinamarca", disse ele.

A ilha, cuja capital Nuuk fica mais próxima de Nova York do que da capital dinamarquesa Copenhague, possui riquezas minerais, petróleo e gás natural, mas o desenvolvimento tem sido lento e o setor de mineração tem recebido poucos investimentos dos EUA. As empresas de mineração que operam na Groenlândia são, em sua maioria, australianas, canadenses ou britânicas.

Uma autoridade da Casa Branca disse que a Groenlândia tem um amplo suprimento de minerais de terras raras que fomentariam a próxima geração da economia dos EUA.

O plano inicial da viagem era que a esposa de Vance comparecesse a uma corrida de trenós puxados por cães na ilha junto com Waltz, apesar de não terem sido convidados pelas autoridades da Groenlândia ou da Dinamarca.

Muitos groenlandeses se opuseram ao itinerário original porque ele contornou os canais oficiais, especialmente durante o período delicado das negociações de coalizão após a eleição deste mês na ilha.

A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, chamou de "inaceitáveis" os planos iniciais para a visita dos EUA. 

Alguns moradores de Nuuk continuam irritados com o governo Trump antes da visita de Vance.

"Eu sou um ser humano. Os seres humanos não estão à venda. Nós não estamos à venda", disse Tungutaq Larsen, cineasta, à Reuters.

As pesquisas de opinião têm mostrado que quase todos os groenlandeses se opõem a se tornar parte dos EUA. Manifestantes antiamericanos têm realizado alguns dos maiores protestos já vistos na Groenlândia.

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