(Reuters) - A diferença de talento entre a seleção brasileira e a Venezuela diminuiu nos últimos anos e é preciso atenção redobrada contra a "perigosa" rival, na partida decisiva pelo Grupo C da Copa América, disse o volante Fernandinho nesta sexta-feira.
Líder do seu grupo mas com o mesmo número de pontos das três equipes da chave, a equipe brasileira precisa de uma vitória sobre a Venezuela, no domingo, para não viver mais um vexame em um intervalo de um ano, quando a seleção foi derrotada pela Alemanha por 7 x 1 nas semifinais da Copa do Mundo.
"A evolução da Venezuela é evidente e a maioria joga na Europa... o futebol hoje está muito igual e todos podem se defender muito bem e sair em contra-ataque", disse Fernandinho, titular no jogo contra os alemães no Mundial.
"O Brasil não posso dizer que piorou; teve mudanças de uns 20 anos para cá, a Venezuela é que melhorou...A Venezuela é uma armadilha grande e perigosa, se pensarmos como os torcedores (que a Venezuela é fácil)", acrescentou o jogador do Manchester City, da Inglaterra, a jornalistas.
Os venezuelanos aparecem na terceira posição no Grupo C, com os mesmos três pontos de Brasil, Peru e Colômbia. Pelos critérios de desempate, o Brasil, mesmo com a derrota para os colombianos, aparece na liderança da chave e o time de James Rodríguez na última colocação. Na última rodada, os colombianos enfrentam o Peru ao passo que o Brasil encara a Venezuela.
"O grupo está aberto, todos com chances de classificar; temos que redobrar atenção. Isso é pauta das nossas refeições", afirmou Fernandinho.
A seleção jogará no domingo sem Neymar, suspenso, mas o volante brasileiro negou que o time seja dependente do atacante do Barcelona. "Alguns pensam que a gente joga em função do Neymar, mas nossa intenção é fazer com que todos do ataque se sintam envolvidos e participativos."
"Se for o (Philippe) Coutinho a substituir, isso me deixa tranquilo porque está bem na Europa; é um dos principais da sua equipe (Liverpool) e já demonstrou do que é capaz", acrescentou Fernandinho.
Coutinho vive a expectativa de ser titular no jogo decisivo de domingo contra a Venezuela após entrar no segundo tempo contra a Colômbia.
"Estou preparado para jogar (na vaga do Neymar), mas quem vai dizer é o treinador", disse o jogador do Liverpool. "Se tiver a oportunidade de jogar, não tenho preferência de onde jogar. Quero jogar bem e aproveitar a oportunidade."
O técnico Dunga terá que escolher também um novo capitão da seleção brasileira, visto que Neymar vinha usando a braçadeira desde a Copa do Mundo, quando o zagueiro Thiago Silva desempenhou essa função.
(Por Rodrigo Viga Gaier, no Rio de Janeiro)