Por Aditya Kalra e Sankalp Phartiyal
NOVA DÉLHI/MUMBAI (Reuters) - O Google (NASDAQ:GOOGL) ajustou a política de privacidade de seu aplicativo indiano de pagamento digital, dias depois que o rival local Paytm reclamou que a plataforma da gigante de tecnologia norte-americana permitia a divulgação de dados de clientes para publicidade e outros propósitos.
A discussão entrou em erupção em meio a um intenso debate sobre a privacidade dos usuários e sobre como as empresas de tecnologia tratam os dados na Índia e no exterior. A Índia está desenvolvendo uma nova lei de proteção de dados que pode forçar as empresas a mudar a forma de transferir ou armazenar dados de clientes.
Em carta para a Corporação Nacional de Pagamentos da Índia (NPCI, na sigla em inglês), datada de 13 de setembro, o Paytm reclamou que a política de privacidade do Google Pay equivalia a "claro desrespeito pela necessidade de privacidade de um consumidor".
Os termos do Google Pay afirmam que a empresa poderia "coletar, armazenar, usar e/ou divulgar" dados pessoais e "quaisquer comunicações feitas por meio do Google Pay".
Uma revisão da Reuters sobre a política de privacidade do Google, atualizada na quinta-feira, mostrou que a empresa havia retirado a palavra "divulgar" de suas cláusulas.
A empresa disse à Reuters em comunicado que as mudanças foram feitas para tornar mais fácil para os clientes entenderem sua política de monetização e uso de dados.
O Google se recusou a comentar se a mudança foi feita devido à carta do Paytm ou qualquer comunicação posterior da NPCI.
Dilip Asbe, o chefe do NPCI que supervisiona os serviços de pagamentos na Índia, não comentou. O Paytm, que conta com o apoio da chinesa Alibaba e do japonês SoftBank, também não falou sobre o assunto.
(Por Aditya Kalra e Sankalp Phartiyal)