RIO DE JANEIRO (Reuters) - O ex-jogador Zico afirmou que cogita concorrer à presidência da Fifa, depois que o suíço Joseph Blatter anunciou sua renúncia nesta terça-feira, em meio a denúncias de corrupção na entidade que controla o futebol mundial.
"Por que não? Minha vida sempre foi dentro do futebol. Uma paixão que exerci com seriedade e respeito no Brasil e em outros países", disse Zico em sua conta no Facebook.
"Penso no futebol acima da política. Não tenho apoio ainda, mas se é aberto eu posso me candidatar à Fifa. Ainda é uma ideia... Quem sabe?", acrescentou.
Zico, de 62 anos, disse que pensou no assunto enquanto jantava com a mulher, Sandra, e que recebeu apoio dela e dos filhos.
Ídolo do Flamengo e da seleção brasileira, Zico foi ministro do Esporte no governo de Fernando Collor, além de dirigente esportivo e técnico de clubes do exterior e da seleção japonesa.
"Fui ministro dos Esportes, tenho experiência com meu clube e no apoio ao Kashima, ao Japão", declarou ele.
A Fifa foi abalada na última semana por denúncias de corrupção, pagamentos de subornos e falta de transparência na transferência de jogadores, num caso que levou à inesperada renúncia de Blatter, após 17 anos no cargo.
Blatter afirmou que haverá uma eleição para escolher um novo presidente para a federação internacional o mais rápido possível. Mas uma autoridade da Fifa disse que o pleito provavelmente não vai acontecer antes de dezembro.
(Reportagem de Pedro Fonseca e Tatiana Ramil, em São Paulo)