JOANESBURGO (Reuters) - A África do Sul irá realizar eleições governamentais no dia 3 de agosto, disse o presidente sul-africano, Jacob Zuma, nesta quarta-feira, um dia após sobreviver a uma moção de impeachment no Parlamento por ignorar a constituição.
O partido de Zuma, o Congresso Nacional Africano (CNA), deve ser pressionado nas urnas após o escândalo que prejudicou sua imagem e causou uma incerteza política, que investidores temem acelerar uma avaliação negativa das agências de classificação de risco.
"Exortamos todos aqueles que podem votar a se registrarem para votar... para que, juntos, continuemos a reafirmar e aprofundar nossa democracia", afirmou Zuma em comunicado.
O anúncio da votação chega em um momento no qual a economia mais industrializada do continente está em dificuldade – sua moeda perdeu 4 por cento do valor em relação ao dólar até agora este ano, o Banco Central previu um crescimento de somente 0,8 por cento e o desemprego está em 25 por cento.
Zuma e outros membros veteranos do CNA disseram anteriormente que devem enfrentar um teste duro na eleição, e que existe a possibilidade do CNA perder o controle de Joanesburgo, coração comercial do país, ou da capital, Pretória.
Na semana passada, Zuma já havia sofrido um revés quando o tribunal constitucional da África do Sul ordenou que o líder pague 16 milhões de dólares de verba estatal gastos na modernização de sua residência particular.
(Por James Macharia)