Por Mike Collett
LONDRES (Reuters) - O príncipe Ali Bin Al Hussein da Jordânia disse que já é tempo da "cultura de intimidação" da Fifa acabar, ao lançar sua campanha nesta terça-feira para a presidência do órgão regulador do futebol mundial.
Ele também pediu um debate público entre os quatro candidatos, incluindo o atual presidente Joseph Blatter, "para estabelecer nossas posições e para que as pessoas saibam exatamente quais são elas".
Príncipe Ali, de 39 anos, vice-presidente asiático da Fifa pelos últimos quatro anos e membro do comitê executivo da entidade, disse que "não conseguiria ficar de mãos atadas" mais quatro anos nas circunstâncias atuais.
"Tem havido uma cultura de intimidação na Fifa", disse ele em entrevista coletiva.
"No passado, as pessoas adotaram posições de princípios e acabaram sendo punidas por isso. Espero que as coisas sejam justas e de forma correta agora", acrescentou.
"Obviamente o atual presidente tem uma vantagem natural, mas eu quero assegurar às associações que estaremos na direção certa."
Além do príncipe Ali e Blatter, os outros candidatos são o ex-jogador da seleção portuguesa, Luis Figo, e Michael van Praag, presidente da associação holandesa de futebol.
O príncipe Ali disse que os países que o nomearam foram o seu país, Jordânia, Inglaterra, Malta, Georgia, Belarus e Estados Unidos, mostrando que a própria confederação asiática, da qual faz parte, não estava o apoiando totalmente.
"Isto é sobre o mundo todo, não sobre uma só confederação", disse o príncipe, que luta por reformas desde sua eleição em 2011.
TUDO OU NADA
Apesar disso, ele enfrentará uma complicação pelos próximos meses.
Por conta de mudanças na confederação Asiática, ele perderá sua cadeira no comitê executivo da Fifa após o congresso asiático em 30 de abril, e será substituído por Sheikh Salman, do Barein.
Ele confirmou que não vai contestar nenhuma cadeira asiática "ordinária" no comitê executivo da Fifa no congresso asiático, o que significa que enfrenta uma situação de tudo ou nada.
Caso não ganhe a presidência da Fifa no congresso em Zurique, no dia 29 de maio, não poderá fazer parte do comitê.