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100% de Risco de Racionamento

Publicado 10.02.2015, 14:31
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Bondade da Sra.

A presidente Dilma deve falar aos brasileiros após o Carnaval, em pronunciamento que, segundo ventilado pela imprensa, tende a trazer um pacote de “bondades”...

Esse pacote também é conhecido como: medidas populistas na tentativa de minimizar o desastre que foi a última pesquisa de popularidade.

Dito? Feito.

Joaquin Levy, que até agora colocou na rua apenas as medidas já preparadas por seu antecessor Mantega (há uma questão de tempo hábil aqui, mas também há uma questão de correto reconhecimento de méritos), e cujo ajuste fiscal até então abrangeu mais aumento de receitas pelo governo (tarifaço), em pouco mais de um mês já depara o seu primeiro contraponto, diante do provável pacote de estímulos.

Até onde vai o ajuste fiscal?

O Datafolha irá dizer.

O autista (altista)


Nosso mercado era puxado durante a manhã - acredite - pelas ações da Petrobras e pela expectativa por novos pacotes de estímulo, agora na China.

Sabe como é, economia exótica, de moeda frágil e baseada em commodities...

As coisas até poderiam estar redondas na economia doméstica, mas somente prosperaríamos se as condições internacionais permitissem.

O problema?

As coisas não estão redondas aqui dentro. E as condições internacionais não permitem.

O falso rali

Peço atenção para os dois gráficos na sequência.

O que eles lhe dizem?

S&P500

QE3

Fontes: ZeroHedge e Bloomberg

Ambos dizem respeito ao movimento das ações norte-americanas e sua correlação com os fundamentos.

No caso, as ações americanas são representadas pelo índice S&P 500, enquanto os fundamentos são refletidos (i) pelas projeções de consenso para os lucros das empresas que compõem o S&P 500, e (ii) por um pacote de três variáveis: petróleo (WTI Crude), títulos do Tesouro americano de 30 anos (30Y TSY) e índice de preços de transporte de cargas pelo mundo (Baltic Dry).

Há um claro descasamento nas duas ocasiões.

Alguém tem que ceder

O petróleo recua cerca de 50% desde metade do ano passado, com projeções (do Citi) de que pode ir a US$ 20 por barril, índice Baltic Dry em mínimas históricas, rendimento dos títulos do Tesouro americano no mesmo caminho, enquanto as ações americanas seguem flertando com suas máximas históricas de preço.

Por sua vez, revisões negativas nas projeções de lucros das empresas já remetem ao fim da farra dos estímulos e início de aperto monetário (subida de juros) nos Estados Unidos, que prejudicaria o resultado financeiro positivo que vem sendo obtido pelas companhias em um cenário de dinheiro escasso e barato (com juros zerados).

Se as ações americanas ainda têm algum argumento para sustentar seu rali, trata-se de um argumento de fluxo, baseado justamente nessa farra de liquidez de final pré-anunciado.

Em algum momento de 2015 os preços das ações americanas sofrerão uma correção séria.

Fly to quality

No caso de uma ruptura nos preços dos ativos em nível global, qual você acha que seria a reação do mercado tupiniquim?

O fluxo todo migraria para cá, em busca de segurança?

E o que você acha que aconteceria com o dólar?

Condições adversas de mercado

A Ouro Verde anunciou ontem à noite que desistiu do IPO protocolado na CVM em outubro do ano passado.

A justificativa, para variar, foram as famosas "condições econômicas desfavoráveis do mercado de capitais nacional e internacional”, informou a companhia em nota.

Em 2013, a Ouro Verde já havia abortado uma primeira tentativa de estreia na Bolsa, em oferta que pretendia captar entre US$ 300 milhões e US$ 500 milhões.

Fundada há 40 anos, a empresa atua exclusivamente no segmento de frotas para empresas, com foco no aluguel de veículos pesados e equipamentos para indústria.

Coincidentemente, na semana passada outra empresa do setor, a Maestro Frotas, solicitou registro de companhia aberta para futura listagem no Bovespa Mais, segmento de acesso da BM&F Bovespa. 
 No que depender do histórico de 2015, que já conta com três desistências de ofertas (Azul, Distribuidora de Gás Participações e agora a Ouro Verde) com a mesma justificativa, fica difícil acreditar que alguma operação sairá do papel.

Se bem que...

Neste esforço fiscal de receita (e não de custos), você se surpreenderia se anunciassem o IPO da Caixa ainda este ano, em um momento de “credibilidade” de nossas instituições de estado e de condições “favoráveis” de mercado?

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