Os possíveis ganhos e as oportunidades que a implementação da quinta geração da telefonia pode proporcionar ainda são muito incertos, dado o pouco tempo de convivência com o 5G.
É claro que as empresas de telecomunicação serão as primeiras a se beneficiarem do 5G. A Telefônica Brasil (BVMF:VIVT3), detentora da marca Vivo, e a TIM Brasil (TIMS3) estão na ponta desse “iceberg” de oportunidades, contribuindo para a difusão do 5G no Brasil e absorvendo os ganhos por meio da venda de planos com mais dados e até da venda de aparelhos que possuem a tecnologia.
Para ele, apesar de ter vendido a telefonia móvel para o consórcio formado por Tim (BVMF:TIMS3), Telefônica e Claro, o 5G também será positivo para a Oi (BVMF:OIBR3), uma vez que a tele detém 32 por cento de participação na V.Tal — uma companhia de infraestrutura de fibra óptica que é fundamental para a disponibilização do 5G.
No caso dos pequenos operadores, acreditamos que o 5G deve dar um combustível adicional com destaque para Brisanet (BVMF:BRIT3) e Unifique (BVMF:FIQE3), por meio da venda de serviços de dados nas regiões em que atuam.
Confira quais são as 14 empresas listadas na B3 (BVMF:B3SA3) mais impactadas pela tecnologia 5G.
Operadoras de telefonia
TIM Brasil
Vivo
Oi
Brisanet
Unifique
Outros segmentos
Intelbras (BVMF:INTB3)
WDC Network (BVMF:LVTC3)
Positivo Tecnologia (BVMF:POSI3)
Totvs (BVMF:TOTS3)
Sinqia (BVMF:SQIA3)
Locaweb (BVMF:LWSA3)
CSU Cardsystem (BVMF:CARD3)
Bemobi (BVMF:BMOB3)
Weg (BVMF:WEGE3)
Entenda a diferença entre as operadoras
A diferença entre as maiores operadoras de telefonia é a capacidade de investimento no 5G. Vemos a Vivo e a TIM Brasil como competidores relevantes do setor e com grande capacidade de investimento em estrutura, bem como disponibilização dessa nova tecnologia. O 5G demanda investimentos relevantes em infraestrutura e ambas saíram na frente em São Paulo. Inclusive, instalaram mais antenas do que o exigido pelas regras da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Para as grandes operadoras do país, faz sentido entrar rapidamente o 5G primeiro nas grandes cidades para obter retornos mais rápidos sobre seus investimentos, o que não vai acontecer em regiões menos desenvolvidas.
As novas operadoras, por exemplo, além de possuírem um poder de investimento menor, são regionalizadas. Por atuarem em regiões em que, muitas vezes, as grandes não têm tanto interesse, o retorno sobre os investimentos do 5G pode demorar e, por isso, não devemos ver investimentos tão rápidos e relevantes logo neste início.
Consumo e competitividade
Fora as companhias de telecomunicação, outros setores podem ser beneficiados com essa nova geração de aparelhos. É o caso da WDC Network (LVTC3) e Positivo (BVMF:POSI3)), que também devem se aproveitar da nova tecnologia neste primeiro momento, já que vendem serviços e/ou produtos eletrônicos diretamente beneficiados pelo 5G.
Empresas ligadas à infraestrutura, como Totvs (TOTS3), Sinqia (SQIA3 (BVMF:SQIA3)), Locaweb (BVMF:LWSA3) e CSU Cardsystem (BVMF:CARD3), também ganham com a chegada da quinta geração. Em geral, companhias que trabalham com softwares, IA, IoT, ERPs, Cloud, CRM, e-commerce e adquirência devem aproveitar, em um segundo momento, da menor latência e da velocidade do 5G em seus produtos e serviços.
No longo prazo, o 5G ainda deve trazer ganhos relevantes no quesito eficiência, principalmente para as indústrias, o agronegócio e o setor de saúde. A WEG (BVMF:WEGE3) é um exemplo que já investe em novas soluções para a indústria 4.0.
Vale destacar que a chegada do 5G vai possibilitar oportunidades para as startups, já que o uso de serviços na nuvem (Cloud) se torna mais fácil, ágil e barato quando comparado aos softwares tradicionais, por exemplo. Isso pode ser tornar um risco para as empresas maiores que não acompanharem os avanços que o 5G vai proporcionar.