Recomendo uma alocação de 10% (conservador) a 30% (agressivo) da carteira para investimento em ações visando a previdência. A partir de hoje a série entra mais a fundo neste lado que guarda o beta, ou a relação mais aguda entre risco e retorno para a sua previdência.
Desde que respeitadas algumas ressalvas, achamos sim que é hora de ficar um pouco mais variável.
Ainda sobre Eletrobras...
O amigo Miscelau criticou a recomendação a Eletrobrás, aberta no M5M de ontem: “vocês sempre defenderam o investimento em empresas de valor e agora apontam uma oportunidade de investimento em uma empresa que é operacionalmente ruim, com ativos ruins e queimadores de caixa, com enorme potencial de ingerência política.”
Concordo com os pontos levantados por ele. Por isso, chamo atenção novamente para os argumentos apresentados na tese de investimento...
“Acho a empresa ruim operacionalmente e não há qualquer evidência consistente de que isso irá mudar – longe disso. Não é um case clean, de modo que fica difícil afirmar categoricamente que a ação vai subir. Por outro lado, como aposta especulativa baseada nesta volatilidade relacionada às eleições, trata-se sim de uma assimetria extremamente vantajosa.”
Antifragilidade, manja?
... e a conta que não fecha
O que os noticiários do dia nos dizem?
Eletrobras apresentou um prejuízo colossal de R$ 6,3 bilhões em 2013
A companhia anunciou o pagamento de dividendos de R$ 1,63 por ação preferencial classe B (ELET6), o que dá um rendimento de 15% sobre as cotações atuais.
Pera lá, a conta não fecha. Como uma empresa com tamanho prejuízo paga tanto de dividendos?
Não paga via lucro apurado, mas sobre reservas de lucros e itens extraordinários. Não trata-se de um nível de dividendos sustentável, mas, como disse ontem, ninguém aqui está pedindo para você casar com a ação...
Um dia depois, temos o “faz-me rir” prometido para nossa recomendação especulativa.
O outro lado da história
Outra do noticiário agitado de Eletrobras:
Consórcio de Furnas (da Eletrobras) vence leilão da usina de Três Irmãos, sendo o único consórcio que participou da licitação
Esta é mais uma da série “ingerência política”, evidência de que a estatal vem sendo usada para fazer política energética de governo entrando em leilões que muitas vezes não fazem sentido justamente para preencher uma lacuna de demanda.
Justamente por isso a volatilidade atrelada às eleições trata-se de boa notícia...
A boa, e a má notícia...
Para visualizar o artigo completo visite o site da Empiricus Research.