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2 Fatores Pressionam o Petróleo e 3 Podem Afetar o Mercado nas Próximas Semanas

Publicado 30.10.2020, 08:43
Atualizado 09.07.2023, 07:31

Publicado originalmente em inglês em 29/10/2020

A eleição presidencial nos EUA, os novos bloqueios na Europa e outras notícias iminentes farão com que a próxima semana seja determinante para a direção da economia e da demanda de petróleo no mundo.

Dois grandes fatores provocaram a queda do petróleo nesta semana. A seguir, falaremos sobre esses dois fatores e sobre o que esperar daqui para frente:

Dois Fatores Pesam Sobre os Preços do WTI

1. Volatilidade durante as eleições

A primeira grande questão que está pesando sobre os preços do petróleo é a possibilidade de que nenhum candidato presidencial nos EUA tenha uma vitória decisiva na eleição marcada para a terça-feira, 3 de novembro. Os investidores estão tirando dinheiro dos mercados de ações e commodities e se preparando para uma eleição disputada.

O último pleito acirrado ocorreu em 2000, quando foram necessárias semanas para recontar os votos, além de processos judiciais para determinar o vencedor. Em razão das profundas divisões políticas existentes hoje nos EUA, é possível que esta eleição possa ser contestada nos dias posteriores à votação. Como esta coluna discutiu na semana passada, os mercados não gostam desse tipo de incerteza.

2. Bloqueios na Europa

As restrições que acabam de ser anunciadas para combater o coronavírus em duas das maiores economias da Europa, França e Alemanha, abalaram os preços do petróleo nesta semana. Devido ao aumento de casos de covid-19, o presidente Macron e a chanceler Merkel introduziram novas medidas de bloqueio, que fizeram despencar a demanda de petróleo em seus respectivos países. Outros países europeus podem seguir o mesmo caminho.

Os danos à demanda petrolífera em razão dessas medidas não serão inteiramente conhecidos até sabermos como as pessoas irão reagir. Mas dados da Bloomberg detalhando o uso rodoviário na França, Espanha, Itália e Reino Unido mostraram uma queda na circulação entre 11 e 25 de outubro. As restrições impostas pelos governos, mesmo deixando de fora escolas primárias e secundárias, afetarão ainda mais os números de consumo de gasolina.

O que esperar daqui para frente

1. Efeitos dos furacões Delta e Zeta

O impacto do furacão Delta, no início de outubro, ainda está sendo contabilizado no relatório semanal de status do petróleo da Administração de Informações Energéticas dos EUA (EIA, na sigla em inglês). Os números divulgados na quarta-feira, 28 de outubro, mostraram um aumento de 4,3 milhões de barris nos estoques petrolíferos, o que está sendo atribuído a um atraso no refino ocasionado pelos fechamentos das refinarias por causa do furacão Delta.

Enquanto isso, o furacão Zeta está passando pelo Golfo do México e, no momento em que escrevo esta coluna, atingiu o solo perto de Nova Orleans, Louisiana, indo em direção ao Tennessee. Ao contrário das duas últimas tempestades que atingiram Louisiana neste ano, não há previsão de que o Zeta se aproxime da infraestrutura petroquímica e de refino localizada na fronteira entre Louisiana e Texas.

No entanto, de acordo com o departamento de fiscalização ambiental, cerca de 67% da atual produção petrolífera no Golfo do México está parada devido a essa tempestade. Isso equivale a cerca de 1,2 milhão de barris por dia (bpd) de produção. A expectativa é que os impactos desses fechamentos sejam vistos no próximo relatório semanal de status do petróleo da EIA.

2. Novas sanções ao Irã

O Departamento do Tesouro americano anunciou novas sanções ao ministro do petróleo do Irã, Bijan Zangeneh, na segunda-feira, bem como às empresas petrolíferas e de navios-tanque do país persa.

Essas novas sanções não devem alterar muito os padrões de produção ou exportação de petróleo do Irã. De acordo com o site TankerTrackers.com, o Irã continua exportando petróleo (de certa forma) furtivamente, em contravenção às sanções dos EUA. Em setembro, o país remeteu ao exterior quase 1,3 milhão de bpd e deve exportar uma quantidade similar em outubro.

Se Biden vencer a eleição, pode mudar a política de sanções dos EUA, mas não antes de assumir o cargo em 20 de janeiro. Ainda não sabemos a quantidade de petróleo a mais que o Irã poderia fornecer ao mercado se Biden vencer o pleito e, de fato, alterar a política energética. Analistas projetam que esse volume pode ficar entre 1,8 e 2,5 milhões de bpd em 2021, se as sanções forem removidas.

Entretanto, os investidores não devem colocar muita fé nesses números, porque ninguém sabe ao certo como a situação se desenrolará. Se Biden ganhar e não relaxar as sanções, ainda é possível que o Irã possa tirar vantagem de uma administração supostamente complacente e expandir suas exportações (de certa forma) clandestinas com a expectativa de que o governo Biden não reforçaria as restrições.

Também é possível que o governo Biden continue aplicando sanções até que um novo acordo seja alcançado ou o plano de ação conjunto firmado pela administração Obama seja retomado. A equipe de Biden não forneceu muita informação aos operadores em relação aos seus planos com o Irã.

3. Planos da Opep+

Estão surgindo cada vez mais sinais de que a Opep+ decidirá não aumentar a produção como havia planejado em janeiro. Na quarta-feira, o diretor do braço comercial da Saudi Aramco (SE:2222) afirmou que, como as refinarias fora da Ásia haviam reduzido sua quantidade processada de petróleo,

Muitas refinarias de fora do continente cortaram sua capacidade e outras estão fechando devido à queda nas margens. Entretanto, a Opep+ pode se deparar com mais 1 milhão de bpd no mercado, mesmo que decida não avançar com o aumento de 2 milhões de bpd planejado em janeiro. As exportações petrolíferas da Líbia podem atingir 1 milhão de bpd no próximo mês, depois da recente trégua no conflito interno daquele país.

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