- Ethereum lidera o movimento de alta, superando os US$2.400 após avançar 50% no último mês.
- XRP rompe resistências importantes, com a região de US$2,50 como próximo alvo para continuidade da valorização.
- Solana se beneficia do fluxo de memecoins e mostra potencial de forte recuperação acima da resistência em US$170.
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O mercado de criptomoedas teve sua melhor semana do ano na última semana. O valor total de mercado avançou quase 15%, dando continuidade à recuperação iniciada na semana de 7 de abril, apoiada por uma série de notícias positivas ao redor do mundo.
O Ethereum liderou o movimento entre as altcoins, com uma valorização de 45% em apenas uma semana — algo que não ocorria havia bastante tempo. O XRP também manteve trajetória ascendente, embora de forma mais gradual. Já o Solana subiu 20% e atingiu um patamar técnico relevante, que pode indicar reversão de tendência.
1. Ethereum assume a dianteira no movimento altista
O Ethereum protagonizou um forte movimento de alta, superando os US$2.400 pela primeira vez desde março. Com uma valorização acumulada de 50% no mês, o desempenho da criptomoeda superou o do Bitcoin. O avanço é impulsionado não apenas por fatores de mercado, mas também por novidades estruturais relevantes.
Desde o início de maio, o par ETH/BTC se recupera a partir de uma zona de suporte testada diversas vezes desde 2019, reacendendo as expectativas de uma possível “altseason” — período em que as altcoins superam o desempenho do Bitcoin. O Ethereum vinha perdendo força frente ao BTC desde o fim de 2022, com breves repiques que não revertiam a tendência de baixa.
O recente movimento de alta em maio sugere tentativa de reversão. Para que o Ethereum ganhe tração frente ao Bitcoin, será necessário romper a região de 0,026 — ponto técnico que corresponde ao nível de 0,382 de Fibonacci. Se isso ocorrer, há potencial de avanço até a faixa entre 0,035 e 0,04. Por ora, a zona de 0,023 segue como principal suporte técnico para o par ETH/BTC.
Além disso, o Ethereum continua atraindo atenção institucional por sua base sólida. A rede possui infraestrutura compatível com ativos do mundo real (RWA) e stablecoins, e segue padrões regulatórios que agradam investidores institucionais — característica que a torna uma “altcoin segura” sob essa ótica.
Caso o Federal Reserve siga cortando juros e interrompa o aperto monetário, o cenário pode favorecer ainda mais a valorização do Ethereum. A recente atualização Pectra também contribuiu para o movimento de alta e pode atrair novos fluxos de capital institucional no médio prazo.
Perspectiva técnica para o Ethereum
O Ethereum voltou ao centro das atenções com uma valorização de 45% frente ao dólar na última semana. Após romper a resistência em US$1.830 — faixa que serviu como teto técnico durante abril — a criptomoeda ultrapassou rapidamente os US$2.000 e se aproximou da região dos US$2.500.
No curto prazo, o nível de US$2.430, que corresponde a um ponto importante de Fibonacci, passou a atuar como suporte. Se esse suporte se mantiver, os próximos alvos de preço estão em US$2.730 e US$3.000. Com continuidade do ímpeto comprador, há possibilidade de avanço até US$3.500, outro patamar técnico relevante.
Por outro lado, o rompimento para baixo de US$2.430 em fechamento diário pode estimular realização de lucros, com possível recuo até a região de US$2.060.
No momento, as médias móveis de curto prazo seguem dando sustentação à tendência de alta. Caso o Ethereum volte a superar os US$2.700, pode atrair novo fluxo de compras no mercado.
2. XRP busca novo rompimento
O evento mais relevante para o mercado de XRP foi a conclusão do processo movido pela SEC contra a Ripple, que se arrastava há anos. O encerramento do caso com o pagamento de apenas US$50 milhões em multa foi interpretado como uma vitória substancial para a empresa. A resolução reduz sensivelmente o risco regulatório para o XRP nos EUA, abrindo caminho para o reposicionamento de investidores institucionais.
Diante desse novo cenário, os movimentos de grandes investidores em XRP chamam atenção. Transferências como a de 29,5 milhões de tokens para a Coinbase (NASDAQ:COIN) levantaram especulações sobre pressão vendedora de curto prazo. Ainda assim, os dados on-chain sugerem prevalência de uma postura de longo prazo. A queda no volume de XRP enviado para corretoras é vista como um indicativo de que o potencial de alta pode seguir ativo.
Apesar do cenário favorável, a trajetória ascendente do XRP tem sido moderada, refletindo incertezas sobre os desdobramentos da nova fase pós-SEC.
No mês passado, o token encontrou forte demanda na faixa entre US$1,60 e US$1,80, sugerindo que a correção havia se estabilizado em um suporte técnico saudável. A partir dali, iniciou-se uma recuperação mais estável, que culminou na quebra da resistência em US$2,30 — alinhada ao nível de 0,382 de Fibonacci.
Nesta semana, o foco se volta para a resistência em US$2,50 (nível de 0,5 de Fibonacci). Caso o XRP consiga se manter acima dessa faixa, os próximos objetivos técnicos são US$2,70 e posteriormente US$3. Esse movimento marcaria a entrada em uma nova tendência de alta.
Por outro lado, uma queda abaixo dos US$2,50 pode levar o preço de volta à zona entre US$2,25 e US$2,30. Contudo, se as notícias relacionadas à Ripple continuarem positivas, essa correção pode ser interpretada como oportunidade de entrada no ativo.
3. Solana pode reacender apoio às memecoins?
O Solana voltou aos holofotes com o recente ressurgimento das memecoins, impulsionado pela plataforma Pump.fun. Com um novo modelo de compartilhamento de receita, os criadores de tokens agora recebem 50% das taxas de transação, o que ajuda a mitigar riscos de golpes ("rug pulls") e incentiva o comprometimento de longo prazo com os projetos. A expectativa é que esse modelo aumente o tráfego de memecoins e fortaleça a sustentabilidade do ecossistema.
A Pump.fun já movimentou US$22,3 bilhões em transações, alimentando um crescimento expressivo na atividade on-chain da rede. No final do ano passado, 62% de todas as transações no Solana ocorreram dentro da plataforma, o que contribuiu para que o token superasse os US$250 naquele período.
Agora, com menos foco em DeFi e NFTs, e posicionando-se como principal rede para memecoins, o novo impulso de alta parece estar respaldado pelo volume crescente dessas transações.
O SOL começou a testar a faixa dos US$180 no início da semana. A ação recente de preços sugere que a região entre US$170 e US$180 atuava como suporte no passado — e agora pode representar uma nova resistência. Enquanto o ativo se mantiver acima de US$170, existe potencial para recuperação rápida acima de US$180.
Caso o movimento de alta se mantenha, o primeiro alvo técnico seria US$220. Superada essa marca, os próximos objetivos estão na faixa entre US$250 e US$270. Um rompimento consistente dessa zona pode abrir espaço para novas máximas no mercado cripto.
***AVISO: Este artigo é meramente informativo e não constitui qualquer oferta ou recomendação de investimento.