A temporada de balanços do terceiro trimestre em Wall Street está perto do fim, mas ainda teremos, nos próximos dias, a divulgação de resultados de várias empresas de software do aquecido setor de computação na nuvem.
As cotas dos fundos de índice que investem nesse segmento estão perto das máximas recordes, como o First Trust Cloud Computing (NASDAQ:SKYY), que registra alta de cerca de 26% neste ano, graças à aceleração da tendência de digitalização das empresas durante a pandemia de Covid-19, que continua impulsionando a demanda por ofertas baseadas na nuvem.
Abaixo destacamos três nomes em serviços baseados na nuvem que devem registrar um robusto crescimento de receita e lucro, graças à forte demanda por produtos e serviços inovadores. Vale a pena dar uma olhada em cada um deles antes da divulgação dos seus resultados trimestrais.
1. CrowdStrike Holdings
- Data do balanço: Quarta-feira, 1 de dezembro, após o fechamento do mercado
- Estimativa de crescimento do LPA: +25% ano a ano (YoY)
- Estimativa de crescimento da receita: +56,4% YoY
- Desempenho no acumulado do ano: +23.9%
- Capitalização de Mercado US$59,9 bilhões
A Crowdstrike Holdings (NASDAQ:CRWD) superou as expectativas de lucro e receita de Wall Street em cada trimestre desde sua abertura de capital em junho de 2019. E tudo indica que a empresa deve apresentar mais um balanço fantástico no 3º tri. As expectativas consensuais para a especialista em segurança cibernética baseada na nuvem, cuja tecnologia é usada para detectar e prevenir brechas de segurança, deve apresentar um lucro por ação (LPA) de US$0,10 no 3º tri, uma alta de 25% em relação ao LPA de US$0,08 no mesmo período do ano passado.
A receita deve aumentar cerca de 56% ano a ano, para a máxima histórica de US$363.5 milhões, beneficiando-se da robusta demanda corporativa por sua plataforma de cibersegurança Falcon, em meio ao aumento de gastos no setor.
O mais importante, entretanto, é que os investidores irão monitorar o crescimento de receita recorrente anual da CrowdStrike, uma importante métrica de vendas usada por empresas de software como um serviço que operam no modelo de assinaturas anuais. A empresa de segurança cibernética disse que essa métrica disparou 70% em relação ao ano anterior, para US$1,34 bilhão no 2º tri.
Além disso, os participantes do mercado ficarão de olho na atualização da CrowdStrike referente ao seu número total de assinantes. O líder em segurança de ponto de extremidade disse que tinha 13.080 clientes pagantes no fim do seu último trimestre, o que representa um crescimento ano a ano de 81%.
A CRWD atingiu o pico recorde de US$298,48 em 10 de novembro e encerrou o pregão de terça-feira a US$262,51, o que concede à empresa de Sunnyvale, Califórnia, um valor de mercado de US$59,9 bilhões.
A CrowdStrike disparou mais de 300% em 2020, graças a uma onda crescente de gastos corporativos com segurança cibernética durante a pandemia de Covid-19. Neste ano, entretanto, sua ascensão desacelerou, saltando apenas 23,9% em 2021.
2. Snowflake
- Data do balanço: Quarta-feira, 1 de dezembro, após o fechamento do mercado
- Estimativa de crescimento do LPA: +82,1% YoY
- Estimativa de crescimento da receita: +91,5% YoY
- Desempenho no acumulado do ano: +42.8%
- Capitalização de Mercado US$120,9 bilhões
A Snowflake (NYSE:SNOW) (SA:S2NW34) registrou receita e lucro acima das estimativas no seu último trimestre e deve apresentar um forte crescimento de dois dígitos em seus resultados do 3º tri. A expectativa de Wall Street é que essa fornecedora de análise e armazenamento de dados baseados na nuvem, que tem na sua carteira de clientes empresas da Fortune 500, registre um prejuízo de US$0,05, por ação, reduzindo as perdas em relação ao mesmo período do ano passado, que foram de US$0,28.
A previsão é que a receita dispare 91,5% ano a ano até a máxima recorde de US$305,6 milhões, graças à robusta demanda de grandes empresas por seu software de dados para armazéns baseado em nuvem. Dessa forma, os investidores ficarão de olho na atualização da Snowflake sobre suas contas de usuários ativos, a fim de ver se ela consegue manter seu fantástico ritmo de crescimento.
A companhia anunciou, em seu balanço do 2º tri, que tinha 4.990 clientes, uma alta de 60% em relação ao mesmo trimestre do ano passado. Também estará em foco o número total de clientes que geram mais de US$1 milhão em receita anual recorrente com produtos, o qual disparou 107% para 116 no último trimestre.
A SNOW fechou ontem cotada a US$401,89, bem perto do pico recorde de US$428,68 tocado em dezembro de 2020. Nos níveis atuais, a empresa de software como um serviço de San Mateo, Califórnia, tem uma capitalização de mercado de US$120,9 bilhões e chamou a atenção do mercado ao realizar o maior IPO de software da história.
No acumulado do ano, a SNOW sobe 42,8%, superando em muito os retornos comparáveis tanto do Dow quanto do S&P 500 em 2021, graças à grande procura de empresas interessadas em seus serviços baseados na nuvem.
3. DocuSign
- Data do balanço: Quinta-feira, 2 de dezembro, após o fechamento do mercado
- Estimativa de crescimento do LPA: +109,1% YoY
- Estimativa de crescimento da receita: +39,1% YoY
- Desempenho no acumulado do ano: +20.4%
- Capitalização de Mercado US$52,6 bilhões
A DocuSign (NASDAQ:DOCU) (SA:D1OC34) quebrou recordes de lucro e faturamento no último trimestre, graças à demanda em alta por seu software de assinatura eletrônica. A expectativa é que a empresa divulgue mais um período de crescimento explosivo. A estimativa consensual acredita que a fabricante de software especializado registre um LPA de US$0,46, um pouco acima do LPA de US$0,22 registrado há um ano. A previsão é que a receita salte cerca de 39% ano a ano, até o recorde de US$532,6 milhões, beneficiando-se da grande procura por sua plataforma de assinatura eletrônica Agreement Cloud.
Amplamente considerada como líder nesse mercado, a DocuSign deve atualizar seus números de novos clientes corporativos, em meio ao crescimento do teletrabalho durante a pandemia de Covid.A companhia disse que tinha 714 clientes com um valor de contrato anual maior que US$300.000, uma alta de 37% em relação ao ano passado.
Além dos números de lucro e faturamento, os investidores ficarão de olho nos comentários que a gerência da DocuSign fará sobre a perspectiva para os próximos meses, diante do arrefecimento da pandemia de coronavírus e da normalização das viagens a negócios.
As ações da DOCU atingiram a máxima recorde de US$314,70 em 3 de setembro. Elas encerraram o pregão de ontem cotadas a US$267,74, o que concede a essa empresa de tecnologia de São Francisco, Califórnia, um valor de mercado de US$52,6 bilhões.
A empresa é amplamente considerada como uma das vencedoras da pandemia e viu seus papéis saltarem quase 20% em 2021, na medida em que a mudança para o teletrabalho criou uma forte procura corporativa por suas ferramentas de assinatura eletrônica.