Trump diz que prazo de 1º de agosto para tarifas é firme, mas está aberto a outras ideias
- O otimismo dos investidores aumenta, assim como os gráficos da prata e dos semicondutores.
- Tendências sazonais e cruzamentos de ouro sinalizam potencial de alta adicional neste mês.
- Enquanto isso, o “Beautiful Bill” de Trump pode oferecer à Robinhood um impulso de longo prazo.
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Com o início do segundo semestre, alguns padrões altistas começam a se formar, amparados por dados sazonais e séries históricas de desempenho. A prata se aproxima de máximas de vários anos após um mês de junho forte, enquanto sinais técnicos no mercado amplo e no setor de semicondutores sugerem continuidade no movimento de alta. Ao mesmo tempo, decisões recentes de política econômica podem gerar efeitos duradouros sobre o engajamento de investidores pessoas físicas.
Este artigo apresenta três formações técnicas que merecem atenção em julho, e os fatores que podem sustentar sua força nas próximas semanas.
Prata pode acelerar em julho?
O desempenho da prata em junho foi expressivo, com alta de quase 10%, superando os índices de Wall Street e aproximando-se dos maiores patamares em 13 anos. Dois fatores principais explicam esse movimento:
Embora em menor grau do que o ouro, a prata também possui atributos de proteção em cenários adversos.
O metal vinha sendo negociado com desconto há meses, o que é refletido na relação ouro/prata, indicador que mostra quantas onças de prata são necessárias para comprar uma onça de ouro. A relação é obtida dividindo-se o preço do ouro pelo da prata. Quando o índice sobe, a prata está mais barata em termos relativos.
A demanda também cresce por razões estruturais: a prata é insumo fundamental na fabricação de painéis solares e semicondutores, dois setores em expansão, especialmente com o avanço da inteligência artificial.
De forma interessante, ao analisar o desempenho nos últimos 10 anos do ETF mais conhecido que acompanha o preço físico da prata, o iShares Silver Trust (NYSE:SLV), com US$ 17 bilhões sob gestão, julho aparece como o mês mais forte, com média de retorno de 4,5%, superando dezembro, tradicionalmente o segundo melhor, com ganho médio de 2,7%.
Esse comportamento remete a um padrão sazonal de longa data: a prata tende a valorizar do fim de um ano até meados de fevereiro do seguinte. Essa tendência foi observada ao longo das últimas cinco décadas, mais especificamente, nos últimos 52 a 53 anos. O período histórico mais favorável se estende de 16 de dezembro a 20 ou 21 de fevereiro. Desde 1968, a média de valorização nesse intervalo é de 7,20%.
Segundo o serviço de análise sazonal Seasonax, a explicação está na demanda industrial, com os pedidos por prata se concentrando nesse período, o que pressiona os preços para cima.
Cruzamento de ouro no S&P 500 e nos semicondutores reforça perspectiva positiva
Na semana passada, o S&P 500 gerou o conhecido sinal técnico altista chamado de "cruzamento de ouro", que ocorre quando a média móvel de 50 dias cruza para cima a média móvel de 200 dias.
Pela análise técnica clássica, esse movimento é interpretado como sinal de compra. Na prática, ele funciona mais como uma confirmação de que a tendência de alta atual segue intacta e com potencial de continuidade. Ou seja, trata-se de um reforço de força da tendência em vigor.
O último cruzamento de ouro havia ocorrido em 2 de fevereiro de 2023. Desde então, o índice acumula alta de 49%.
Na série histórica de 97 anos, o S&P 500 apresentou retorno médio superior a 10% nos 12 meses seguintes a esse sinal. Focando apenas nos últimos 20 cruzamentos, a média de retorno é ainda maior, em torno de 13%.
Movimento semelhante também ocorreu no índice do setor de semicondutores. A última ocorrência foi em janeiro de 2023, e o resultado foi uma valorização de 140% nos 18 meses subsequentes.
Projeto de lei de Trump pode beneficiar ações da Robinhood
O amplo pacote fiscal defendido por Trump, apelidado de “One Big Beautiful Bill”, aprovado no Senado na semana passada, pode trazer efeitos relevantes e positivos para os papéis da Robinhood Markets Inc (NASDAQ:HOOD), talvez até maiores do que sua inclusão no índice S&P 500 (o que, no fim, não ocorreu).
A proposta prevê a criação de contas de investimento com diferimento fiscal para recém-nascidos nos Estados Unidos, com uma contribuição única do governo de US$ 1.000 e possibilidade de aportes privados adicionais de até US$ 5.000 por ano.
A iniciativa permitiria que uma geração inteira tenha acesso ao mercado de ações desde o nascimento, acompanhando o desempenho de índices como o S&P 500 e se beneficiando do efeito dos juros compostos ao longo do tempo.
A Robinhood já conta com mais de 26 milhões de clientes com 18 anos ou mais, e a nova medida pode ampliar substancialmente essa base. Com cerca de 3,7 milhões de nascimentos por ano nos EUA, e cada recém-nascido recebendo US$ 1.000 alocados em produtos atrelados ao mercado, o impacto potencial sobre o crescimento da plataforma é expressivo.
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