EXCLUSIVO-Moraes diz que bancos podem ser punidos se aplicarem sanções dos EUA a ativos brasileiros
- Autoridades do Federal Reserve se preparam para o simpósio econômico anual em Jackson Hole, Wyoming.
- Toda a atenção estará voltada ao discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, na sexta-feira.
- Investidores acompanharão de perto em busca de sinais sobre quando o banco central pretende cortar os juros em 2025.
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O simpósio econômico anual de Jackson Hole, organizado pelo Federal Reserve Bank de Kansas City, acontecerá de quinta-feira a sábado, no Jackson Lake Lodge, no Parque Nacional de Grand Teton, Wyoming.
O destaque do evento, como de costume, será o discurso de abertura do presidente do Fed, Jerome Powell, na sexta-feira, sobre perspectiva econômica e revisão de cenário.
Com o mandato de Powell à frente do Fed se encerrando em maio de 2026, este pronunciamento, possivelmente o último em Jackson Hole, ganha peso adicional para mercados, formuladores de política e analistas em busca de sinais sobre os próximos passos do banco central americano.
Historicamente, os discursos de Powell em Jackson Hole foram decisivos para indicar a direção da política monetária. Em 2022, adotou tom duro, destacando a necessidade de controlar a inflação a qualquer custo. Em 2023, reforçou a importância de uma postura restritiva, mas reconheceu avanços na desaceleração inflacionária. Em 2024, sinalizou o início dos cortes de juros, afirmando: “Chegou o momento de ajustar a política”, o que antecedeu uma redução de 50 pontos-base em setembro.
Com o S&P 500 próximo das máximas históricas e investidores projetando ao menos dois cortes adicionais de 25 pontos-base neste ano, a mensagem e o tom de Powell podem repercutir de forma ampla, ou até gerar choques, nos diferentes mercados de ativos.
Dilema de Powell: ‘equilíbrio’ ou tom duro?
O Bank of America (NYSE:BAC) espera que Powell adote postura “mais equilibrada do que o mercado prevê”, possivelmente contrariando a crescente convicção de que haverá corte de juros em setembro. O tema do encontro, “Mercados de trabalho em transição”, sugere que Powell deve se concentrar na volatilidade dos dados de emprego e nas preocupações com a oferta de mão de obra, que vêm obscurecendo as projeções econômicas.
O BofA chama Jackson Hole de “minirreunião do Fomc” com razão: após sete semanas desde o último encontro do Fed, este será o único momento para recalibrar expectativas antes de setembro.
Fonte: Investing.com
Na manhã de quarta-feira, investidores atribuíam 82,6% de probabilidade a um corte de 25 pontos-base na próxima reunião.
Temores de estagflação e incertezas tarifárias
Os dados recentes de inflação superaram a meta de 2% do Fed (projeção do IPC de julho: geral 2,8%, núcleo 3,0%), alimentando receios de estagflação. A isso se somam as novas tarifas do presidente Trump, aumentando a incerteza sobre os rumos da política monetária.
Fonte: Investing.com
Powell precisará lidar com essas forças opostas: a inflação persistirá ou os sinais de “arrefecimento” do mercado de trabalho, como descreveu Kashkari, do Fed de Minneapolis, pesarão mais na decisão de afrouxar a política?
Mercados atentos, mas sem espaço para otimismo exagerado
As bolsas estão em máximas históricas, com o S&P 500 em alta de 9,1% no ano e o Nasdaq avançando 10,6%, mas o Deutsche Bank alerta que os ativos de risco não refletem um cenário de “perfeição”. Os CTAs (Commodity Trading Advisors) já mantêm posições quase totalmente compradas em ações, reduzindo o potencial para novas surpresas positivas.
Fonte: Investing.com
O sentimento dos investidores segue contido (spread bull-bear da AAII em -16,3), o que, paradoxalmente, pode servir de impulso caso Powell adote tom menos ameno do que o esperado.
Conclusão: todos os olhares voltados ao arcabouço
Espera-se que Powell busque um equilíbrio: reconhecer riscos no mercado de trabalho, adotar discurso firme contra a inflação e evitar se comprometer com um corte em setembro. Sua fala será determinante para a direção de ações, títulos e dólar nas próximas semanas. A grande questão é se dará indícios de uma nova “revisão do arcabouço” ou se reforçará a dependência dos dados, ambos cenários que podem introduzir novas incertezas e também oportunidades.
Investidores devem se preparar para volatilidade e observar atentamente o tom e as expressões-chave de Powell em busca de sinais sobre o caminho futuro da política monetária do Fed.
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