Publicado originalmente em inglês em 14/07/2021
Começou a temporada de balanços em Wall Street nesta semana, com gigantes bancários JPMorgan Chase (NYSE:JPM) (SA:JPMC34) e Goldman Sachs (NYSE:GS) (SA:GSGI34) apresentando seus resultados ontem. Nesta quarta-feira, foi a vez do Bank of America (NYSE:BAC) (SA:BOAC34), Wells Fargo (NYSE:WFC) (SA:WFCO34) e Citigroup (NYSE:C) (SA:CTGP34), seguidos do Morgan Stanley (NYSE:MS) (SA:MSBR34) na quinta-feira.
Dados da FactSet mostram que os analistas esperam que o lucro das empresas do S&P 500 dispare 64,0% no 2º tri, em comparação com o mesmo período do ano passado, principalmente devido ao impacto cada vez menor da crise sanitária sobre diversas indústrias.
Se isso for confirmado, o segundo trimestre poderá registrar o maior crescimento ano a ano nos resultados desde o quarto trimestre de 2009, quando os lucros dispararam 109,1%.
No âmbito setorial, todas as 11 indústrias esperam registrar lucros maiores ano a ano, com destaque para Energia, Manufatura, Consumo Discricionário, Mercado Financeiro e Materiais.
As expectativas de receita também são encorajadoras, com previsão de crescimento de vendas de 19,7% ante mesmo período do ano passado. Caso isso se confirme, marcará o maior crescimento de receita ano a ano desde que o índice começou a ser rastreado pela FactSet em 2008. O recorde atual é de 12,7% no 2º tri de 2011.
Dez dos onze setores esperam registrar um crescimento de receita ano a ano, com destaque para Energia, Materiais e Consumo Discricionário. A expectativa é que o setor de Utilidade Pública tenha uma queda de 0,1% nos resultados.
Analisamos abaixo três setores cujos resultados financeiros devem mostrar um crescimento explosivo ano a ano em meio às condições atuais de mercado.
1. Energia: Alta do petróleo deve impulsionar resultados
- Crescimento projetado do LPA no 2T: N/A
- Crescimento projetado da receita no 2T: +87% ano a ano (YoY)
O setor de Energia deve reportar resultados de US$13.5 bilhões no 2º tri, muito melhor do que o prejuízo de US$10.6 bilhões no mesmo período do ano passado, quando a crise da Covid-19 e os bloqueios econômicos atingiram seu auge.
Com a alta do petróleo beneficiando o setor – o preço médio do barril de WTI no 2º tri foi de US$66,17, 136% acima do preço médio de US$28 no mesmo período de 2020 –, a expectativa é que o setor registre o maior salto ano a ano na receita entre todos os setores, subindo 87%, de acordo com a FactSet.
No nível corporativo, a ExxonMobil (NYSE:XOM) (SA:EXXO34) e a Chevron (NYSE:CVX) (SA:CHVX34) devem contribuir mais para esse excelente resultado do setor. Combinadas, as duas gigantes petrolíferas respondem por US$13 bilhões dos US$24,2 bilhões do lucro do setor.
Outros dois nomes de destaque no 2º tri são Diamondback Energy (NASDAQ:FANG) (SA:F1AN34), que deve registrar um avanço recorde no LPA de 1300% ano a ano, e Marathon Petroleum (NYSE:MPC) (SA:M1PC34), com um LPA de US$0,52, ante um prejuízo de US$1,33 por ação no mesmo período do ano passado.
O fundo Energy Select Sector SPDR® (NYSE:XLE), que rastreia empresas americanas de energia com megacapitalização no S&P500, registrou alta de 38,2% ano a ano, em comparação com o avanço de 16,3% do S&P 500 no mesmo período.
Além de Exxon e Chevron, entre as maiores participações do XLE estão: ConocoPhillips (NYSE:COP) (SA:COPH34), EOG Resources (NYSE:EOG) (SA:E1OG34), Schlumberger (NYSE:SLB) (SA:SLBG34), Marathon Petroleum, Pioneer Natural Resources (NYSE:PXD) (SA:P1IO34), Phillips 66 (NYSE:PSX) (SA:P1SX34), Kinder Morgan (NYSE:KMI) (SA:KMIC34) e Williams Companies (NYSE:WMB) (SA:W1MB34).
2. Consumo discricionário: Hotéis, restaurantes e lazer impulsionam crescimento
- Crescimento projetado do LPA no 2T: +207,7% ano a ano
- Crescimento projetado da receita no 2T: +32,2% ano a ano
O setor de Consumo Discricionário, que foi dos mais atingidos pelas restrições provocadas pela Covid no ano passado, deve ter salto recorde nos resultados na comparação ano a ano entre todos os 11 setores, com uma impressionante disparada de 207,7% no LPA durante o 2º tri, de acordo com a FactSet.
O grupo, que talvez seja o mais sensível a condições econômicas e gastos com consumo, também deve registrar o terceiro maior crescimento de receita ano a ano, com as vendas no 2º tri subindo 32,2%.
A expectativa é que nove dos dez segmentos do setor tenham crescimento de dois dígitos, com destaque para ações de hotéis, restaurantes e lazer, que devem registrar um salto de 104% na receita ante o mesmo período do ano passado.
No nível corporativo, vale a pena ficar de olho em Caesars Entertainment (NASDAQ:CZR) e Penn National Gaming (NASDAQ:PENN). A previsão de receita da Caesars no 2º tri é de US$2,34 bilhões, um aumento de quase 1700% em comparação com as vendas de US$126,4 milhões no ano passado, enquanto a Penn deve ter uma receita de US$1,46 bilhões, uma alta de cerca de 400% sobre as vendas de US$305,5 milhões no 2º tri de 2020.
O fundo Consumer Discretionary Select Sector SPDR® (NYSE:XLY), que segue um índice de ações de consumo discricionário do S&P 500 ponderado por sua capitalização de mercado, já subiu quase 12,9% desde o início do ano, atingindo uma série de máximas recordes nos últimos pregões.
Suas dez maiores ações são Amazon (NASDAQ:AMZN) (SA:AMZO34), Tesla (NASDAQ:TSLA) (SA:TSLA34), Home Depot (NYSE:HD) (SA:HOME34), Nike (NYSE:NKE) (SA:NIKE34), McDonald’s (NYSE:MCD) (NYSE:MCD), Lowe’s (NYSE:LOW) (SA:LOWC34), Starbucks (NASDAQ:SBUX) (SA:SBUB34), Target (NYSE:TGT) (SA:TGTB34), Booking Holdings (NASDAQ:BKNG) (SA:BKNG34), e TJX Companies (NYSE:TJX).
3. Materiais: Metais e mineração devem liderar crescimento de vendas e lucro
- Crescimento projetado do LPA no 2T: +118% YoY
- Crescimento projetado da receita no 2T: +32,6% YoY
O setor de materiais deve registrar o quarto maior salto nos lucros entre todos os 11 setores, com previsão de crescimento de 118% no LPA em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com a FactSet.
Como os preços mais altos de matérias-primas, como cobre e ouro, estão beneficiando o setor, a expectativa é que ele registre o segundo maior crescimento ano a ano na receita, graças a vendas quase 33% maiores.
Não é de surpreender que todas as quatro indústrias do setor têm expectativa de crescimento explosivo no LPA receita no 2º tri, com o grupo Metais e Mineração testemunhando uma disparada de 667% no lucro e 75% nas vendas ante mesmo período do ano passado.
O fundo Materials Select Sector SPDR® (NYSE:XLB), que rastreia empresas listadas no S&P 500 por um índice ponderado pela capitalização de mercado, saltou quase 14% em 2021.
Entre as dez maiores participações do XLB estão: Linde (NYSE:LIN) (SA:L1IN34), Sherwin-Williams (NYSE:SHW) (SA:S1HW34), Air Products & Chemicals (NYSE:APD) (SA:A1PD34), Freeport-McMoRan (NYSE:FCX) (SA:FCXO34), Ecolab (NYSE:ECL) (SA:E1CL34), Newmont Mining (NYSE:NEM) (SA:N1EM34), DuPont de Nemours (NYSE:DD) (SA:DDNB34), Dow (NYSE:DOW), PPG Industries (NYSE:PPG) (SA:P1PG34) e International Flavors & Fragrances (NYSE:IFF) (SA:I1FF34).
Duas empresas do grupo se destacam por seu potencial de gerar resultados impressionantes. A primeira é a Dow, cuja previsão de LPA é de US$2,30, em comparação com um prejuízo de US$0,26 por ação no ano passado. A segunda é Nucor (NYSE:NUE) (SA:N1UE34), que deve apresentar um LPA de US$4,74, uma melhora de 1200% frente o LPA de US$0,33 no mesmo período do ano passado.
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