Encontrar small caps de potencial é sempre do interesse de investidores buscando retornos altos a médio e longo prazo. Com empresas de energia, setor resiliente e que costuma ser menos afetados por crises econômicas, é possível juntar o potencial de lucro com uma segurança maior em comparação com indústrias mais voláteis.
Utilizando as ferramentas avançadas do InvestingPro e do WarrenAI, analisamos 5 small caps brasileiras de energia. Confira:
Aeris
Valor de Mercado: R$ 278 milhões
Upside do Preço-Justo: +15%
Saúde Financeira: 0,76
Fundada em 2010, a Aeris (BVMF:AERI3) é uma empresa brasileira especializada na produção de pás para turbinas eólicas, sendo uma das maiores fabricantes do segmento no Brasil e na América Latina. Situada estrategicamente no Ceará, a companhia atende aos principais fabricantes de aerogeradores que operam tanto no mercado nacional quanto internacional. Destaca-se por sua tecnologia avançada, eficiência produtiva e investimento contínuo em inovação para acompanhar a crescente expansão da energia eólica global.
P/L: -0,3x
EV/EBTIDA: -2,1x
P/VPA: 2,5x
Margem Líquida: -81%
ROE: -163%
Dívida/Patrimônio: 138%
Liquidez Corrente: 1,0x
Dividend Yield: 0%
Piotroski Score: 1
WarrenAI: Em 2024, a receita despencou 46,5% e o prejuízo líquido atingiu R$-934M, refletindo também uma dívida alarmante. O retorno sobre o patrimônio e o P/L negativos ilustram o momento delicado (empresas em turnaround extremo são apostas de altíssimo risco). Analistas veem upside teórico de quase 200%, mas é uma aposta alta.
Alupar
Valor de Mercado: R$ 9,8 bilhões
Upside do Preço-Justo: -13%
Saúde Financeira: 3,01
Fundada em 2007, a Alupar Investimento (BVMF:ALUP11) investe em infraestrutura de energia elétrica com ênfase em transmissão e geração por fontes renováveis, operando uma rede extensa de linhas de transmissão em várias regiões do Brasil. A empresa também possui usinas hidrelétricas e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), além de parques eólicos em seu portfólio, contribuindo para a oferta energética renovável no país. Destaca-se por sua operação integrada e estável, com contratos de longo prazo, o que oferece previsibilidade e segurança financeira.
P/L: 9,0x
EV/EBTIDA: 7,9x
P/VPA: 1,2x
Margem Líquida: 27%
ROE: 16%
Dívida/Patrimônio: 154%
Liquidez Corrente: 2,0x
Dividend Yield: 5,4%
Piotroski Score: 8
WarrenAI: Após dois anos de retração, a empresa mostrou forte reversão: lucro líquido saltou 56,5% em 2024 e a receita cresceu 20,9%. O DY de 5,4% e o P/L de 9,0x sinalizam valuation razoável, enquanto o beta de 0,27 reforça perfil defensivo (empresas menos voláteis tendem a proteger portfólios em crises). Dívida alta e payout elevado (87,6%) podem limitar o crescimento futuro.
Auren
Valor de Mercado: R$ 9,6 bilhões
Upside do Preço-Justo: +10%
Saúde Financeira: 2,14
Criada em 2022 após a reestruturação dos ativos da Votorantim Energia, a Auren (BVMF:AURE3) é uma companhia brasileira que atua principalmente na geração e comercialização de eletricidade no mercado livre. Com portfólio diversificado incluindo fontes hidrelétricas e eólicas, investe no crescimento sustentável e está inserida no crescente processo de transição energética no Brasil. Concentra esforços em inovação e sustentabilidade, atendendo grandes consumidores que buscam otimizar custos e utilizar fontes renováveis de energia, e recentemente incorporou a AES Brasil (BVMF:AESB3).
P/L: 1658,4x
EV/EBTIDA: 11,2x
P/VPA: 0,7x
Margem Líquida: 0,1%
ROE: 0,5%
Dívida/Patrimônio: 197%
Liquidez Corrente: 1,5x
Dividend Yield: 0,6%
Piotroski Score: 5
WarrenAI: Em 2024, a receita disparou 30,4%, mas o lucro líquido foi modesto e o ROE ficou baixo, reflexo de custos de integração da AES Brasil. O DY é quase simbólico. O EBITDA ajustado subiu 65,7% no 1T25, e a redução de alavancagem (5,0x) mostra avanço operacional, mas o mercado segue cauteloso.
Serena
Valor de Mercado: R$ 6,1 bilhões
Upside do Preço-Justo: +35%
Saúde Financeira: 2,54
Constituída em 2014, a Serena (BVMF:SRNA3) atua no segmento de comercialização e serviços relacionados ao mercado livre de energia, oferecendo soluções que buscam competitividade e otimização de custos. Seu público-alvo são clientes corporativos que desejam migrar para o ambiente livre e buscam serviços personalizados para gerenciamento e eficiência de consumo energético. Antiga Ômega Geração, destaca-se pela agilidade comercial e experiência na adequação de estratégias energéticas específicas para diferentes perfis empresariais.
P/L: 20,6x
EV/EBTIDA: 8,8x
P/VPA: 1,1x
Margem Líquida: 7%
ROE: 5%
Dívida/Patrimônio: 214%
Liquidez Corrente: 1,0x
Dividend Yield: 0%
Piotroski Score: 7
WarrenAI: Registrou um salto de 35,8% na receita, ritmo muito acima da média do setor, reflexo direto da expansão de ativos renováveis e integração pós-fusão. A Margem EBITDA de 46,5% reforça eficiência operacional (em energia limpa, margens altas são diferencial competitivo). A dívida elevada amplia riscos em cenários de juros altos, mas é comum em renováveis, onde projetos demandam capital intensivo e têm receitas previsíveis de longo prazo.
Taesa
Valor de Mercado: R$ 12,2 bilhões
Upside do Preço-Justo: +28%
Saúde Financeira: 3,06
Criada em 2000, a Transmissora Aliança de Energia Elétrica (BVMF:TAEE11) é especializada no segmento de transmissão, operando linhas em várias regiões estratégicas do Brasil. Tem um extenso portfólio de concessões de longo prazo que garantem estabilidade de receitas e boa previsibilidade financeira. A empresa é referência nacional no setor elétrico pela robustez de suas operações e pela qualidade técnica e operacional dos seus ativos, com forte atuação na expansão e manutenção da rede de transmissão brasileira.
P/L: 7,3x
EV/EBTIDA: 7,9x
P/VPA: 1,7x
Margem Líquida: 42%
ROE: 23%
Dívida/Patrimônio: 140%
Liquidez Corrente: 1,9x
Dividend Yield: 7%
Piotroski Score: 9
WarrenAI: ROE de 23% e DY acima de 7% em 2024 colocam a empresa entre as mais atraentes do setor elétrico brasileiro. O lucro líquido de R$1,69B com P/L baixo reforça o apelo para investidores de renda. Mas o crescimento de receita modesto (10,6%) e o payout baixo (15,6%) sugerem foco na retenção de resultados para reinvestimento.
Para o investidor conservador que prioriza previsibilidade, Taesa e Alupar são apostas clássicas: entregam dividendos acima da média, ROE robusto e menor volatilidade. Quem busca crescimento com risco controlado pode olhar para Auren (apostando na sinergia da fusão) ou Serena (caso a execução financeira seja bem-sucedida). Aeris entra no radar de quem aceita volatilidade maior e aposta no turnaround.
O que você acha das cinco empresas?
OBS: Dados coletados na sexta-feira, 9 de maio de 2025