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A Combinação Perfeita de Ativos Financeiros Para o Fim de 2013

Publicado 02.10.2013, 11:46
FAZI
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Sou um corintiano típico. Apaixonado, otimista e sofredor - graças a Deus. Para não dizer 100% típico, tenho todos os dentes na boca e nunca fui preso. Assumo meu amor de uma forma saudável – e até mesmo corajosa diante da ressaca dos 4x0 pra namoradinha da capital.

Vocês podem me zoar à vontade; faz parte da interação social essa rivalidade sadia, permeada por brincadeiras cotidianas, com cada um sabendo a dor e a beleza de ser o que é. Acho mesmo que gambás, porcos, bambis e baleias podem conviver muito bem, sem briga, numa rivalidade gostosa.

É assim que encaro as coisas e, por isso, posso sair do armário com naturalidade e sem preconceitos. Eu já tinha desistido daquele Campeonato Paulista de 2001. O jogo estava 1x1. Era Santos na cabeça, até os 47 do segundo tempo. O juiz tinha dado três (“só?!”) minutos de acréscimo. Eis que o menino Gil pega a bola na ponta esquerda (sempre!), carrega com a canhota em velocidade em direção à linha de fundo e ameaça o cruzamento.

A torre André Luiz vem desesperado para antecipar o suposto cruzamento e dá um carrinho tentando impedir a chegada da bola até a área. Gil, numa daquelas travessuras de moleque levado, corta para trás e deixa o zagueiro plantado no chão, para fora da linha de fundo. Joga o grandalhão para além do campo e cruza rasteiro para trás. A bola vem vindo na direção do craque maior, Marcelinho Carioca, que ameaça o domínio, e, numa presença de espírito pertencente apenas aos pés de anjo, deixa a bola passar num corta luz genial.

O cirurgião Ricardinho aparece na entrada da área, pega a menina de primeira com sua canhota e coloca a bola rente à trave. Abraço caloroso no professor Wanderlei e vitória por 2x1. Deu saudades daquela narração do José Silvério. Hoje, não ganhamos nem do Náutico no Pacaembu. Além de emoção, aquela pintura do Ricardinho despertou uma noção importante: o jogo só termina quando o juiz apita. Não dá para desistir antes e podemos virar até os 48 minutos do segundo tempo. O futebol é uma proxy da vida, assim como o mundo dos investimentos.

Foi com isso em mente – “isso” se refere aos investimentos, não ao Ricardinho, que esqueci quando ele foi morar no bairro do Morumbi - que iniciei hoje uma série de relatórios para montar o portfólio certo para terminar bem o ano de 2013 e entrar forte no próximo ano.

O início do quarto trimestre é a chance de você:
i) virar o jogo caso esteja desesperado; ou
ii) ampliar os ganhos caso já venha de lucros interessantes.

Foco em asset allocation: como combinar adequadamente os diversos ativos disponíveis, preservar e aumentar sua riqueza de forma expressiva e sob perfil de risco adequado. A novela começa hoje e vai até o final do ano. Serão sete capítulos ao todo.

Eles foram pensados como uma sequência lógica, de modo que, aos interessados, vale assinar a série, de modo a não perder algum ponto importante. Compras avulsas servirão para insights pontuais e devem ajudar, mas, na minha cabeça, a série faz sentido como um todo. Os assinantes do relatório receberão gratuitamente a carteira recomendada de ações para 2014, a ser publicada no primeiro dia útil de janeiro.

Neste primeiro capítulo, narro quanto ter exatamente de ações, renda fixa, imóveis e dólar em sua carteira, sob os ensinamentos clássicos dos ganhos que podem ser obtidos através da diversificação, apoiado sobre os ombros do Nobel Markowitz.

O segundo capítulo entrará dentro do mercado de renda fixa e falará o que comprar exatamente entre títulos públicos, privados, CDBs e outras avenças.

O terceiro fará o mesmo para as ações. E o subsequente apresentará abordagem alternativa aos princípios clássicos de diversificação propostos por Markowitz, a partir de uma estratégia bipolar entre alta concentração num ativo de pouquíssimo risco e uma pequena exposição a ativos bem arriscados (com a contrapartida de maiores retornos potenciais).

A partir daí, ganhamos vida própria, esperando feedbacks. Obra aberta. Já tenho outras coisas na cabeça, mas precisamos esperar até lá para bater o martelo sobre os temas. Quero ouvir de vocês temas de interesse e o que mais tira seu sono ou atina sua alma para montar o portfólio certo. Aguardo seu email.

#INSIGHT DO DIA

Volta, Mano! Esse é o insight do dia de hoje. Rsrsrs. Brincadeira.

Insight 1: Oi e Portugal Telecom juntas. Novidade, né? O controle da Oi já está nas mãos da Portugal Telecom há certo tempo. Só não houve disparo de tag along lá atrás porque Brasil e, principalmente, telecom no Brasil é um México.

Seja como for, agora endereçamos a estrutura de capital, vamos atrás de sinergias e, principalmente, vamos de fato focar no que interessa: dá-lhe melhora da operação e fim da tomada de dívida para pagar dividendo. Além disso, até que enfim Oi vai para o Novo Mercado. Esperamos que marque, efetivamente, uma nova história em termos de governança corporativa. De burro, o português não tem nada.

Insight 2: Taxa de aluguel de OGX batendo nada menos do que 150%. E não tem para alugar. Então, falando estritamente de álgebra, no horizonte de 12 meses, seria impossível você perder dinheiro. Se a ação for a zero, neste momento você perderia R$ 0,23/ação. Alugando a 150%, teria em 12 meses, R$ 0,345 do aluguel. Ganho líquido, na pior das hipóteses, de R$ 0,115/ação em um ano.

Vale a pena comprar e alugar? Acho problemático. Você estará descoberto por três dias (só pode alugar depois da liquidação financeira) e dificilmente ficará todo o tempo de um contrato de 12 meses. O cara vai te devolver antes, pagar o pró-rata da taxa e você pode, sim, perder dinheiro no caso da recuperação judicial.

#DIRETO DA MESA

“Felipe, li uma notícia dizendo que o Ibovespa precisa de dinheiro novo para subir mais. Você concorda?”, pergunta o leitor C.M. Olha, eu acho também que depende de mais comprador do que vendedor. A notícia é quase uma tautologia. Tentando uma resposta um pouco melhor, posso dizer que não estou otimista com índice nestes níveis. Acho que restrição à liquidez internacional já começou e que o Fed deu um tiro no pé ao adicionar mais incerteza ao processo.

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