“Um acordo muito em breve”, com tais palavras, Trump mais uma vez deixou em aberto se a guerra comercial passará antes por uma queda de tarifações ou se continua como está.
A munição se voltou novamente ao Fed, conforme citamos em nosso relatório sobre as eleições de 2020 nos EUA e apaziguou o discurso contra alguns oponentes como o Japão.
Todavia, indicações mais substanciais passaram longe de ocorrer, frustrando as expectativas dos analistas.
Trump também culpou as administrações americanas anteriores por deixar a China "trapacearem" no comércio com os EUA e é neste sentido que chama a atenção hoje o discurso que o chairman Jerome Powell endereçará ao Comitê Econômico Conjunto.
Com tanta tensão comercial em voga, a OCDE cortou novamente suas previsões de crescimento global de 2019 de 3,2% para 2,9%, a pior desde a crise financeira de 2008-2009. A esperança, dizem eles, está exatamente na resolução da guerra comercial.
Regionalmente, pesou fortemente a queda do peso chileno, levado ao ministro das finanças Ignacio Briones a alertar sobre graves consequências para a economia chilena das três semanas de violenta agitação.
O peso caiu para uma baixa histórica em relação ao dólar para 800 pesos, mais de 10% desde meados de outubro. Isso e Trump acabaram por influenciar o mercado local e as tensões se multiplicam na ausência de soluções criveis de curto prazo.
As atenções hoje também se voltam à agenda econômica, onde nos EUA a inflação ao varejo, CPI projeta leve pressão marginal dos índices, porém sem grandes alterações nos resultados anuais, mantendo a perspectiva de estabilidade do trabalho do Fed.
Localmente, as vendas ao varejo projetam um crescimento no índice restrito e em especial no índice amplificado, onde observamos uma pressão renovada do setor automotivo.
Neste sentido, a análise de uma série de indicadores já mostra que o número de outubro tende a superar o de hoje por alguma margem, em especial com o consumo do dia das crianças e ajustes para o Black Friday. O últimox trimestre de 2019 certamente será o melhor.
Atenção aos resultados de Tecent, Tata, Abn e Cisco. Localmente, m destaque para Centauro, EZTec, Taurus, Hapvida, JBS, Kronto, Light, SLC, Natura, Oi, Qualicorp, Rossi, Taesa, Unidas, Unipar e Via Varejo.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa na sua maioria e os futuros NY abrem em baixa, pelos retrocessos na guerra comercial.
Na Ásia, fechamento negativo com o aumento das tensões em Hong Kong.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, alta, exceção ao cobre.
O petróleo abre em queda, na ausência de sinais da guerra comercial.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 5,36%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,164 / 0,38 %
Euro / Dólar : US$ 1,10 / 0,045%
Dólar / Yen : ¥ 108,93 / 0,092%
Libra / Dólar : US$ 1,28 / 0,039%
Dólar Fut. (1 m) : 4168,81 / 0,60 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 4,44 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 4,57 % aa (1,11%)
DI - Janeiro 23: 5,70 % aa (2,15%)
DI - Janeiro 25: 6,35 % aa (2,42%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,4915% / 106.751 pontos
Dow Jones: 0,0000% / 27.691 pontos
Nasdaq: 0,2577% / 8.486 pontos
Nikkei: -0,85% / 23.320 pontos
Hang Seng: -1,82% / 26.571 pontos
ASX 200: -0,81% / 6.698 pontos
ABERTURA
DAX: -0,766% / 13181,75 pontos
CAC 40: -0,470% / 5891,91 pontos
FTSE: -0,610% / 7320,49 pontos
Ibov. Fut.: -1,55% / 107146,00 pontos
S&P Fut.: -0,469% / 3078,90 pontos
Nasdaq Fut.: -0,628% / 8234,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,33% / 78,77 ptos
Petróleo WTI: -0,93% / $56,29
Petróleo Brent:-1,05% / $61,41
Ouro: 0,65% / $1.463,64
Minério de Ferro: 1,32% / $81,36
Soja: 0,10% / $15,49
Milho: -0,20% / $376,75
Café: 0,47% / $105,60
Açúcar: 0,08% / $12,60