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A maldição dos robôs (e o novo velho Ibovespa)

Publicado 01.04.2014, 06:24

Dia de Yellen

Hoje é dia de Janet Yellen, e a nova senhora do Fed tem trazido pouco alento para as Bolsas, mas evidências fortes de que o dólar está completamente fora do lugar (em relação ao real).

Com a retirada de US$ 3 trilhões de circulação do mercado global - considerando todo o processo de retirada dos estímulos - e os juros americanos começando a subir, não tem pesquisa Ibope e leilão diário do Bacen que aguente.


O dia D do novo Ibovespa

Independentemente da Yellen, e de seu “pouco alento” às ações, hoje também é dia de especulações sobre a nova composição do Ibovespa. Amanhã sai a primeira prévia da nova carteira, que passa a valer em maio.

Lembrando que a mudança anterior do índice ocorreu apenas parcialmente na virada do ano, fazendo um meio-a-meio entre a metodologia anterior (privilegiando o fluxo) e a nova (privilegiando capitalização de mercado/fundamentos).

Mais um vez: trata-se de uma mudança para melhor do índice, que não traz qualquer alteração de fundamentos para as empresas, mas não deixa de ser um gatilho de fluxo para algumas ações.

Quem ganha com isso?

A ideia é procurar as empresas com capitalização de mercado não condizente com seu peso no Ibovespa, ou projetar maior similaridade com a carteira do IbrX-100.

O interessante aqui é filtrar quem tem esse gatilho do fluxo, mas procurar intersecções com quem também tem um bom respaldo de fundamentos...

Nessa citaria AmBev (ABEV3), Itaú Unibanco (ITUB4), e Ultrapar (UGPA3). Mais especificamente a última, ótima empresa que carece justamente de visibilidade em Bolsa.

E quem perde? Sem muito esforço, ações próximas de centavos como PDG (PDGR3) e gente como Usiminas (USIM5) e BM&F Bovespa (BVMF3).

Bom para os bancos

Legal que para os bancos, além de ganhar participação no novo índice (gatilho de fluxo), Itaú e Bradesco têm a trajetória de alta da Selic e o adiamento do processo no STJ como bons fatores para sustentar o momento positivo para as suas ações.

Lembrando que essa semana tem decisão do Copom, com as projeções para a inflação estourando: de acordo com o relatório de Focus de hoje, a inflação esperada já está em 6,30% ao final do ano.

Lembrando, ainda, que Itaú e Bradesco são justamente os bancos que operam os maiores spreads.

O tal grupo X também pode sofrer movimentações, com LLX (LLXL3) potencialmente saindo e MMX (MMXM3) potencialmente entrando.

O velho e indiferente Ibovespa

Tendo Yellen e tendo novo Ibovespa, não podemos ignorar o protagonismo, novamente, da Bolsa das eleições.

Neste Ibovespa do contexto eleitoral, as estatais são mais uma vez protagonistas, com Eletrobras, Banco do Brasil, BB Seguridade e Marfrig (BNDES) entre as principais altas do dia.

Nessa levada da volatilidade atrelada às eleições, nossa carteira de opções semanal traz justamente uma estratégia de momentum, para surfar essa alta da Bolsa. Recém saídas do forno, as opções recomendadas visadas na estratégia já estão bombando hoje.

A maldição dos robôs

Michael Lewis, autor do livro Moneyball (do filme O Homem que Mudou o Jogo, com o Brad Pitt), passou os últimos dez anos estudando a dinâmica do mercado de high frequency trading.

O high frequency utiliza algoritmos para operação de ativos em alta frequência, realizando séries de negócios em fração de segundos. Embora pouco desenvolvido no Brasil, foi responsável por cerca de 50% do volume total de negociações nas Bolsas americanas em 2012 - deixando evidente que trata-se de um recurso importante para prover liquidez para os mercados.

A conclusão do Lewis foi de que o universo da alta frequência tem apenas um propósito, de prover para algumas (poucas) pessoas notícias sobre os preços e sobre o que os investidores estão fazendo com antecedência, e isso, incrivelmente, está dentro da lei. Para ele, “o mercado mais icônico do capitalismo global está fraudado.”

Podemos concluir que, para ele, o troféu Bitcoin do ano vai para o High Frequency Trading.

Para visualizar o artigo completo visite o site da Empiricus Research.

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