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A queda de mais uma lenda da Bolsa

Publicado 27.12.2013, 07:55
A fantástica fábula de dezembro

Estamos a dois pregões de decretar o fim do ano para os mercados. Nos 51 mil pontos, o tradicional rali de fim de ano do Ibovespa fica para a próxima. Lembra da fantástica fábula de dezembro? Aquela de que nos últimos dez dezembros o Ibovespa subiu em nove, e no único em que não subiu (dezembro de 2011) ficou no zero a zero... Pois ela móóórreu.

Duas opções


Para fecharmos dezembro de 2013 no azul, somente se houver uma disparada fabulosa na segunda-feira, uma vez que, na metade deste penúltimo pregão, o índice ainda acumula queda de 2,4% no mês. O que isso quer dizer? (i) que você pode recorrer à mística e jogar todas as suas fichas em uma disparada histórica no pregão pré-reveillon da segunda-feira. (ii) que históricos em Bolsa não valem nada; rentabilidade passada nunca foi e nunca vai ser garantia de rendimento futuro.

Sobre o peru de Natal


Desculpe se, assim como eu, você ainda está atrás de uma fórmula mágica para tornar um pouco menos tortuosa a digestão da ceia de Natal. A associação aqui é outra. O coitado do peru que você comeu no Natal é mais uma prova da inconsistência das projeções escoradas em históricos em Bolsa. O coitado (do peru) fora muito bem alimentado todo o santo dia do ano. Na cabeça dele, o dia 24 de dezembro era apenas mais de seu agradável expediente. O gráfico abaixo é da Eletropaulo, mas poderia de ser outras tantas. É apenas um exemplo do que estamos falando:


Eletropaulo fora alimentada diariamente com um cenário sem risco regulatório e enorme previsibilidade de receitas. Alimentava os investidores com um dividendo na casa de 20% sem grande risco. Até que... Deparou o seu 24 de dezembro, ou o fatídico maio de 2012 (ou a tragédia da MP 579), que mudou tudo para sempre para a empresa e o setor elétrico.

Réveiller?

No meio deste mês, muita gente apostou que ELPL4 teria uma recuperação expressiva - devidamente alertada (contra) no M5M PRO. A decisão um pouco mais amigável da Aneel sobre a base regulatória e metas de perdas não-técnicas da empresa geraria uma adição de R$ 75 milhões em receitas/ano para a Eletropaulo. Foi nisso que o mercado se apegou, fazendo com que muitos investidores ignorassem, inclusive, o revés que obrigou a companhia ressarcir clientes de São Paulo em R$ 626 milhões, anunciado no mesmo dia. Na noite de ontem, Eletropaulo soltou fato relevante recalculando para baixo o benefício dessa última decisão da Aneel. E suas ações voltaram a cair forte. Somente nesta semana curta, a perda acumulada por ELPL4 é de 7,7%. Ela está demorando um bocado para digerir a ceia de Natal.

O destino de Eletropaulo


Está em duas mãos: a) na possibilidade (remota e negada) de AES vender sua participação na empresa
b) na relação da companhia com a Aneel. De concreto, por ora, o que temos é uma relação das piores entre empresa e regulador.

A defensividade mórreu?


Não existe mais uma Eletropaulo para te pagar 20% de dividendo sem risco. Isso é coisa do passado. Mas ainda existe atratividade em ações de elétricas. Hoje soltamos um guia definitivo do setor, que se enquadra na série das Vacas Leiteiras da Bolsa. Além de identificar os melhores dividendos sustentáveis entre as elétricas, o material aborda as porradas de papéis com dividendos não-recorrentes. Fora a defensividade restante nas elétricas, dá para se defender na Bolsa com consumo defensivo, concessões de rodovias ou ações que aliam forte geração de caixa com fortes barreiras à entrada. Comgás é uma dessas poucas.

Que raios de consumo defensivo?


Dados divulgados ontem desenharam um panorama desanimador para o consumo, a partir das vendas de Natal. O comércio patinando leva muita gente a torcer o nariz para as representantes do varejo na Bolsa, o que inclui supermercados, varejo de vestuário, shoppings, e por aí vai. Mas há sim uma forma de jogar consumo de forma defensiva, o que pode ser via farmácias listadas (venda de bens essenciais, com menor elasticidade de demanda, e exposição à dinâmica de envelhecimento da população) ou empresas menos dependentes de crédito e com boa posição de caixa.

A ação da batalha


A equipe de gestão da Kondor Invest, tem uma aposta quente em consumo e varejo que acredita que desempenhará bem em 2014 independentemente deste cenário complicado. Por sinal, é uma das três apostas da Empiricus no setor para o ano que vem. "As cinco maiores redes, que têm apenas 10% de participação do mercado total, devem ganhar market share dos informais de forma constante e gradual nos próximos anos." Descobriu quem é? Bom, você tem três opções: (i) recorrer à mística e jogar todas as suas fichas na ação que acha que é (ii) ter certeza de qual ação se trata, o que pode fazer aqui, de graça (iii) não fazer nada, e ver esse bonde passar

Para visualizar o artigo completo visite o site da Empiricus Research.

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