A Teoria da Conspiração de OGX (e a Promoção Sem Precedentes, Agora)

Pela primeira vez em 17 anos

Já estamos nos 50 do segundo tempo, e não houve acordo em relação ao teto da dívida americana. O Congresso falhou em chegar a um consenso sobre o orçamento do governo, e com isso, pela primeira vez em 17 anos 800 mil empregados de agências federais americanas podem assistir à Seção da Tarde (ou à Ricki Lake) sem ter que dar satisfação para ninguém.

Até empatar

Ops, subiu a placa de vários minutos de acréscimo. Solução parcial ou sobrevida - chame como quiser - a questão que interessa mesmo vai até dia 17. Se até lá não tiver acordo, daí o impacto de parada do governo americano atinge outras proporções (mais traumáticas). Não sou daqueles eternos otimistas, mas continuo achando que, quando o jogo vira sério, teremos aprovação. Não?

Aberto para balanço

Antes de sabermos o resultado da próxima rodada, que tal uma passada pelos resultados da última? Setembro se foi, deixando um parábens para o Ibovespa, melhor investimento do mês.


A boa (?) e velha poupança, embora no habitual marasmo de rentabilidade e deterioração do poder de compra (retorno real negativo), segue crescendo (em volume de aplicações) a todo vapor. Interessante que dados do Bacen apontam que saldo do depósito à vista cresceu 11,7% em 12 meses até agosto. Há R$ 157,5 bilhões parados na conta. E quem diria, os “safe heavens” dólar e ouro foram arrasados no período. As coisas andam mesmo muito bem para o inverso da chamada corrida para a qualidade...

Como é que fica?

Queira ou não, temos um impasse nesta questão da dívida americana. Não bastasse, logo logo temos outra reunião do Fed batendo no radar. Não estou falando para você comprar dólar e ouro, mas para ter um pé atrás com o ralizinho do Ibovespa. Tudo bem, OGX caiu 25% no mês passado. Mas isso não muda a ponta positiva do Ibovespa: Eletrobras, GOL, Gafisa, LLX, Eletropaulo, Rossi... Estão todas ali, referendando a tese de que o fluxo caminha na frente dos fundamentos no curto prazo. Qual dessas que está esbanjando margens operacionais (quando tem operacionais), está com situação de estrutura de capital confortável ou não passa por um processo de reestruturação? Uma hora a ação vai ter que refletir a economia real, vai buscar um lastro nos fundamentos. Pensamos nossas carteiras recomendadas para outubro de olho nesse movimento, inevitável.

A oportunidade sem precedentes, agora

Consegui com o pessoal da loja algo inédito: 1. Você, assinante do PRO, acaba de receber no email um cupom para comprar hoje nossas Carteiras Recomendadas de Ações para outubro. É a chance de levar as carteiras com um desconto de 40% (!), algo nunca antes visto por estas bandas. 2. Ainda não é assinante do PRO? Então você tem até 24hs desta terça para fazer a assinatura e pegar a promoção. Neste caso, quem assinar hoje o PRO receberá o mesmo cupom por email até 10hs de amanhã. A assinatura do PRO custa R$ 9,90/mês. O desconto em questão é de R$ 12. PS: Se você é assinante do PRO e já comprou a Carteira Recomendada de ações, terá o crédito de valor equivalente para gastar no que quiser na loja. Aqui não tem essa de não pagar o cupom (ouviu OGX?).

O que mais há de estranho na tabela lá em cima?

Voltando ao Planeta Terra! Nessa onda de subida do juro e bolha imobiliária, eis que o IFIX, índice dos fundos imobiliários, registrou a segunda melhor performance do mês. Seria um sinal de inflexão?

Nossa carteira de FIIs superou o índice em outubro. O BC Fund (BRCR11), meu preferido, teve boa recuperação, com alta de 9,01% no mês passado. Desde que você seja seletivo, acho sim que essa bolha imobiliária vai inflar mais e que é hora de comprar FIIs ao som dos canhões. Não faltam argumentos adicionais para crer na inflagem da bolha imobiliária.

Para essa bolha dos imóveis inflar

Aqui em São Paulo, o novo Plano Diretor Estratégico da cidade prevê o pagamento de outorga à Prefeitura para maior aproveitamento dos terrenos, abrindo o precedente para o repasse ao consumidor final. Em paralelo, o Conselho Monetário Nacional elevou o preço teto de imóvel que pode ser financiado dentro das regras do SFH. O limite passou de R$ 500 mil para R$ 750 mil.

Esse valor se refere aos estados de SP, RJ, MG e DF – nos demais, passou a R$ 650 mil. A notícia permite acesso a financiamento mais barato para o setor, ajuda a elevar a relação de crédito imobiliário sobre PIB (ainda muito baixa) e ajusta-se ao novo cenário de preços (a última atualização ocorrera em 2009). Fiquei aliviado. Nesses precinhos de imóveis, agora com o novo limite de R$ 750 mil posso começar a procurar meu 57m2 no Parelheiros nobre ou na área pacificada do Jardim Ângela.

A teoria da conspiração de OGX

Gastamos o verbo sobre o quão iminete parecia o calote e parece o pedido de recuperação judicial de OGX. Quando a coisa é óbvia demais, o santo desconfia.

Dentre as inúmeras teorias da conspiração para o caso, eis a que recebi de um leitor, ipsis literis: Muito bem arquitetada,e seria praticamente uma bomba relógio para os vendidos,imagine que esse esvaziamento de caixa tão rápido seria proposital e que será um mecanismo para pressionar os credores a negociar suas dívidas,que já foi de 3,6 bi hoje se liquida com US$634 milhões.

A Petronas tem um acordo de confidencialidade com a OGX,sendo assim fica fácil para OGX pedir o adiamento do pagamento de US$850 milhões intencionalmente para depois da negociação com credores (caixa baixo fica tudo mais fácil),outra coisa estranha foi que a OGX exerceu a put contra Eike Batista sem ter conselho de administração independente, dando entender que foi consentido por Eike, combinado para tirar todas as esperanças dos credores, ou seja, enquanto não sair o resultado da negociação das dívidas,o caixa estará sufocado.

Eles têm muita pressa porque o navio Aker Wayfarer já está em tubarão martelo para cumprir a outra parte do plano.Também o adiamento estratégico do pagamento das debêntures para março do próximo ano, tudo se encaixa com o plano. Se a OGX realmente fosse dar o calote. Por qual motivo os bookrunner estariam comprando ações OGXP3? Os maiores compradores de OGXP3 no período de 02/09 até hoje 27/09. Morgan: 325 Milhões de ações. Itaú: 267 milhões de ações. Bradesco: 115 milhões de ações. UBS: 175 milhões de ações.

Fique claro que esta não é a minha opinião. Tampouco é o cenário-base do leitor que me mandou. A única teoria que tenho para OGX continua a mesma: de compra de volatilidade via opções de compra e venda fora do dinheiro, com assimetria favorável às puts (opções de venda). Dentre mínimas históricas, tem funcionado.

Para visualizar o artigo completo visite o site da Empiricus Research.