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A vingança de Mantega (e o que aconteceu, mas não virou manchete)

Publicado 27.02.2014, 10:53

Tropicália

Hoje temos uma boa sessão para os mercados.

Melhor, subindo em boa parte por méritos próprios, com base em referências tupiniquins, tanto da economia quanto do noticiário corporativo.

Gosto de Jokerman na voz do Caetano, mas sempre preferi a Tropicália.


O churrasco do cunhado preso (você vai, mas não comemora)
Correndo para iniciar o ano (de fato) sem peso nas costas, temos um pré-Carnaval agitado. Com PIB, Selic e resultado da Vale na mesma leva, confesso que ficou difícil me dedicar de corpo e alma ao clássico Corinthians x Comercial.

O PIB veio melhor do que as expectativas, em 2,3%, contra 2,2% das projeções de consenso. Já a Selic pode até ter influência desse pibinho para subir menos do que deveria, e também tem influência sobre o saldo positivo dos mercados. Mas certamente não recebeu o aval da inflação.

Essa é outra daquelas que você até comemora, mas com uma vergooonha...

A vingança de Mantega

Nosso Ministro não tem vergonha alguma de comemorar a saída do seu cunhado da cadeia. Depois do resultado acima das expectativas, ele se gabou que “"analistas terão muito trabalho neste fim de semana para rever suas projeções”.

Poxa perdi o meu final de semana.

Mantega também afirmou que a expectativa de crescimento moderado, próxima 1,5% para 2014, é culpa dos EUA.

Sim, dos EUA, cuja perspectiva de crescimento para 2014 está na casa de 3%.

Pronto, ganhei o dia.

A bipolaridade de Yellen

No campo da macro, a outra referência positiva do dia é o tal discurso da Yellen. Lembra dele? Aquele discurso ao Senado, que não rolou antes por conta da avalanche de neve...

Será que o tapering vai mesmo mudar por conta da neve?

Ou que a Yellen é bipolar a ponto de falar ao Senado algo diferente do que falou ao Congresso?

Bom, a Sra. Akerlof afirmou que o Fed pode redesenhar o programa de retirada dos estímulos caso haja mudança na perspectiva para a economia.

Tá. E qual a novidade nisso?


O vício das manchetes

Não podemos negar que, embora ponderadas, as referências do dia são positivas. Nem tanto da agenda econômica, mas do noticiário corporativo.

Quem leu as manchetes pode ter se assustado. “Vale tem prejuízo de R$ 14 bilhões no trimestre, muito maior do que do que o mercado esperava”.


Nunca é demais, ressaltar: lucro é medida contábil. Tirando itens sem efeito caixa e não recorrentes, de adesão ao Refis e baixa contábil de ativos, o lucro “ajustado” da companhia foi de R$ 7,4 bilhões no trimestre. Isso dá um crescimento de 91% na comparação contra o quarto trimestre de 2012.

Pessoalmente, odiei o “lucro acima das expectativas da Petrobras”, e gostei do “lucro abaixo das expectativas da Vale”. O mercado também.

Mudando o curso de um cargueiro em alta velocidade

Quem olhou de verdade para a divulgação da Vale viu um resultado muito forte. Com efeito líquido positivo de câmbio e escalada do preço do minério de ferro, a mineradora cresceu suas receitas 21% e a geração de caixa operacional (ebitda) em 65%.

De onde vem tamanha discrepância entre um e outro indicador?

Do ganho de margens, ora pois.

A melhor notícia dos resultados da Vale foi o enxugamento de custos e despesas, diminuição da estrutura. Adequação a uma realidade mais difícil. Algumas linhas, como gastos com Pesquisa & Desenvolvimento e Despesas com Vendas, Gerais e Administrativas caíram respectivamente 44,9% e 38,6% da passagem de 2012 para 2013.

O plano realista da Petrobras

Falando agora da outra gigante, Petrobras soltou ontem as suas metas operacionais para 2030, dentre elas a de dobrar a produção - ela que não cumpre uma meta anual de produção faz mais de 10 anos. Até 2030, temos tempo.

Hoje o pessoal está cobrando que não comentei sobre as premissas que a Petrobras levou em consideração na elaboração de seu Plano de Negócios.

Vejamos:

Gráfico

Bom, tirando (i) a taxa de câmbio, que está está em R$ 2,35 e não está em tendência de valorização (do real); (ii) a alavancagem, que hoje está em 39%; (iii) a dívida líquida/ebitda, que está em 3,5x; e (iv) os preços de derivados no Brasil, que estão beeeeeeem longe da paridade para os preços internacionais, até que está tudo dentro da realidade.Tirando o que está ruim, está bom.

M5M

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Para visualizar o artigo completo visite o site da Empiricus Research.

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