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A+B: A Bolsa Aqui Está Cara

Publicado 25.03.2015, 20:26
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Nos M5Ms mais recentes, acumulamos evidências de que o mar de liquidez injetado pelos Bancos Centrais ao redor do mundo desde a crise de 2008 criou distorções agudas nos preços de ativos.

Taxas de juros zeradas ou negativas ao redor do mundo por anos e anos, sem inflação, com Bolsas lá fora em níveis recordes, de volta aos patamares imediatamente anteriores aos grandes crashs da história.

O paradoxo do Brasil é ainda mais curioso, completamente avesso ao que acontece no restante do mundo: aqui temos inflação e taxas de juros elevados, economia estagnada e Bolsa andando de lado há algum tempo.

Somos experiência. Idiossincrasia em meio a um cenário que nunca antes aconteceu.

E essa anomalia já tem uma implicação direta (e contraintuitiva) na sua decisão de investimento.

As 3 grandes (únicas) decisões de investimentos

Sejamos práticos.

Onde colocar o dinheiro de forma prática neste cenário inédito, incerto e um tanto nebuloso?

Sob a ótica de um gestor de investimentos, há três grandes decisões:

1. Não fazer nada: deixa o dinheiro em caixa, acessível para aproveitar eventuais oportunidades e isolado de qualquer turbulência;

2. Comprar Títulos: renda fixa, seja via notas soberanas de países ou corporativos. Ai, claro, está implícita uma exposição cambial, na respectiva moeda daquilo título.

3. Bolsa: renda variável, ações, em busca de auferir “alfa”, ou, buscar melhor rentabilidade em contrapartida à exposição a maior risco.

O cara tem 0% de retorno em “1”...

E um título global sem risco, de classificação AAA, lhe paga entre 0,3% (Bund alemão de 10 anos) e 1,8% (Treasury americano de 10 anos) ao ano... Com, grosso modo, 0% de inflação.

Com juros tão baixos, o que lhe resta?

Comprar Bolsa em máximas históricas. É o que os gestores globais estão chamando de TINA (There Is No Alternative; ou, não há alternativa).

Por que faz sentido comprar Bolsa americana?

Temos visto recorde atrás de recorde das Bolsas americanas.

No mais recente, o índice Nasdaq, das ações de tecnologia, atingiu o maior patamar em 15 anos, voltando ao nível da bolha pontocom.

Também temos visto seguidamente que os valuations incomodam, com relação PIB/capitalização de mercado bem acima da média e índice Preço sobre Lucro também.

Sabemos que as árvores não podem crescer até o céu. Há um limite ao descolamento dos preços e a evolução dos lucros corporativos.

Mas por que, por enquanto, as bolsas internacionais ainda estão subindo e são a alternativa preferida da maior parte dos gestores?

Vejamos...

O S&P 500, principal índice de ações americano, hoje está na casa de 17x preço/lucro. Significa, grosso modo, que o preço de suas ações, na média, custa 17x o lucro anual médio obtido por essas empresas.

Então, em tese, você precisaria de 17 anos para ter retorno no seu investimento. Ou, por esta métrica, teria na Bolsa um rendimento médio de cerca de 5,8% ao ano.

Parece pouco?

Já foi melhor, sem dúvida, mas relativamente (às demais opções) é a melhor opção para o momento.

Considerando que os títulos AAA pagam na casa de 0,3% e 1,8%, estamos falando de 4 a 5,5 pontos percentuais de diferença, ou, de prêmio pelo risco (para se estar nas ações). Ainda é um equity risk premium (retorno excedente das ações à renda fixa) razoável, não muito distante da média histórica.

É o que resta num cenário em que não há retornos muito convidativos por aí.

Por que NÃO faz sentido comprar Bolsa brasileira

Trazendo a conta de padeiro para o caso tupiniquim, temos, por aqui, o Ibovespa negociando em torno de 12x P/L, ou, um retorno anual de 8,3%.

Agora, considerando a jaboticaba do juro brasileiro, que paga 6,5% de retorno real em uma NTN-B, por exemplo, teríamos um prêmio de risco para se estar nas ações de menos de 2 pontos percentuais (8,3% - 6,5%)... muito baixo e notadamente inferior à média histórica.O prêmio de risco das ações é pequeno às atuais cotações. E a bolsa precisaria estar muito mais barata para ser atrativa relativamente à renda fixa.

Por aqui, melhor ficar na segurança dos títulos.

Moral da história

Fique claro que no exemplo acima falamos dos 3 grandes espectros para um gestor de investimentos. Desconsideramos, obviamente, pequenas nuances e instrumentos financeiros próprios de mercados específicos. Não há grandes hipóteses sobre crescimento, tampouco sobre nuances contábeis sobre lucros e dividendos.

Ressalvas feitas, chegamos à conclusão que, sob termos amplos, ainda faz algum sentido aplicar, ao menos enquanto durar a farra de liquidez, em ações norte-americanas, graças à anomalia alimentada pelos Bancos Centrais globais, de juros zerados e injeção de dinheiro no sistema financeiro.

E, do contrário, em termos gerais a Bolsa brasileira não faz sentido. A mamata dos títulos públicos com ótimo perfil de risco, retorno real bastante interessante e, agora, liquidez diária, é relativamente mais interessante.

Também é importante frisar que a tendência para a Bolsa na média, baseada nos índices de ações, não é necessariamente a tendência de todas as ações. Mesmo em tendência negativa para a Bolsa em geral há casos de ações que vão muito bem, e vice-versa. Você ainda pode estar em Bolsa no Brasil - mas tem que saber escolher.

Isso reforça a necessidade de você ser bastante criterioso na escolha das ações, para garimpar o que de fato é oportunidade e, muitas vezes, está fora do radar.

Por isso que resolvemos lançar, hoje, a forma mais simples e lucrativa de se ter ações americanas. Uma alocação que faz sim sentido, livre dos riscos político/econômicos do cenário brasileiro, acessível em termos de carga tributária e custos operacionais e - melhor - em dólares.

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