As ações americanas encerraram o dia de ontem repetindo o episódio de Jackson Hole. O mercado disparou forte em 25 de agosto, na véspera do discurso do presidente do BC americano, Jerome Powell. Ontem, vimos o mesmo comportamento. O mercado mostrou bastante intensidade desde o início e parecia confiar no discurso de hoje da vice-presidente do Fed, Lael Brainard, algo do tipo “os riscos tenderão para ambos os lados em algum momento”, o que é muito revelador.
Preferimos considerar que se tratou de um rali de cobertura de vendas ou, melhor ainda, um evento de posicionamento. Porque o risco não está na rigidez de Powell, está na sua flexibilidade. Essa é a mentalidade que vigora no mercado. O S&P 500 pode subir para a região dos 4020 pontos e depois reverter e preencher o gap a 3840? Sem dúvida, é possível que isso aconteça.
Será que Powell mostrará flexibilidade hoje? Provavelmente não.
IEF/LQD
Powell não pode se dar ao luxo de fazer isso. Em um dia, o índice IEF/LQD varreu três dias de ganhos, outra forma de dizer que levou três dias para um aperto das condições financeiras e apenas um para flexibilizá-las novamente para onde se encontravam.
Taiwan Semi
A Taiwan Semiconductor (NYSE:TSM) sempre foi uma excelente ação a ser observada, pois tende a ser um bom indicador antecedente. Há um suporte em US$ 78 na TSM que, se rompido, o próximo nível a ser observado será o gap a US$ 75,50 e as mínimas de julho.
KB Home
O gráfico da KB Home (NYSE:KBH) é parecido com o da Taiwan Semi.
Tesla
A Tesla (NASDAQ:TSLA) (BVMF:TSLA34) subiu ontem, colocando em questão o rompimento da linha de pescoço que tracei para o padrão de ombro-cabeça-ombro. Pode ser que eu a tenha desenhado muito baixa, o que não muda o fato de que existe um gap a ser preenchido a US$ 247. Portanto, é melhor manter o raciocínio em torno de uma queda maior.