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Açúcar: Apesar do Maior Volume Negociado, Média Semanal do Indicador Recua

Publicado 28.06.2022, 10:52

As negociações envolvendo o açúcar cristal estiveram mais aquecidas no mercado spot de São Paulo ao longo da última semana, contexto que foi favorecido pelo fato de alguns compradores terem adquirido quantidades mais expressivas do adoçante. No período, os preços médios estiveram entre R$ 126,00 e R$ 127,00/saca. No balanço da semana (de 20 a 24 de junho), a média do Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, foi de R$ 126,68/saca de 50 kg, pequena retração de 0,22% em relação à da semana anterior (de R$ 126,96/sc). Na Bolsa de Nova York (ICE Futures), as cotações do açúcar demerara seguiram em queda, devido à valorização do dólar frente ao Real, que, vale lembrar, estimula as exportações brasileiras, aumentando a oferta no mercado global. Além disso, as desvalorizações do petróleo tipo Brent na maior parte da semana também pressionaram as cotações do demerara, tendo em vista que esse cenário pode levar usinas a intensificarem a participação do açúcar no mix de produção, aumentando a oferta do adoçante e, consequentemente, o volume a ser exportado pelo Brasil.

ETANOL: EM SEMANA DE MUDANÇA TRIBUTÁRIA, LIQUIDEZ É BAIXA, E PREÇOS SOBEM

A liquidez esteve baixa no mercado de etanol ao longo da última semana, sobretudo na sexta-feira, 24, quando foi publicada a mudança tributária em esfera federal. Em meio à expectativa dos agentes do mercado, foi aprovada a Lei Complementar nº 194 (de 23 de junho de 2022), que zera a alíquota de PIS/Cofins dos etanóis hidratado e anidro combustíveis e outros fins a partir do dia 24 de junho de 2022. No mesmo dia, foi sancionado o Projeto de Lei que limita a 17% o ICMS sobre o diesel e a gasolina e outros produtos e serviços. Com a Lei complementar em vigência, os agentes do mercado de etanol ficaram focados na realização dos ajustes necessários no sistema de cada empresa. Quanto aos preços, segundo colaboradores do Cepea, foram sustentados pela menor disponibilidade do biocombustível no spot paulista, visto que vendedores de muitas usinas deixaram o mercado. Além disso, os agentes de outras unidades ativas estiveram firmes em suas ofertas. Nesse cenário, de 20 a 24 de junho, o Indicador CEPEA/ESALQ semanal do hidratado do estado de São Paulo foi de R$ 3,0644/litro (valor líquido de impostos), alta de 1,75% frente ao do período anterior. No caso do anidro, houve elevação de 1,2%, com o Indicador CEPEA/ESALQ fechando em R$ 3,5693/litro (valor líquido de impostos). 

TRIGO: PREÇO CAI NO EXTERIOR E RETOMA PATAMAR DE ANTES DA GUERRA; NO BR, VALORES AVANÇAM

Os preços externos do trigo caíram de forma expressiva ao longo da semana passada, influenciados pelo avanço da colheita do cereal nos Estados Unidos, pela desvalorização do milho – substituto na alimentação animal – e por expectativas de safra recorde na Rússia. Os primeiros vencimentos negociados na CME Group (Bolsa de Chicago) e na Bolsa de Kansas caíram para os menores patamares desde o fim de fevereiro deste ano, antes do início do conflito entre Rússia e Ucrânia. Na Rússia, a consultoria nacional SovEcon elevou as estimativas de produção interna de trigo para 89,2 milhões de toneladas, um recorde. Esse aumento foi justificado pela maior área destinada ao cereal e pelo clima favorável no país. Já no Brasil, apesar das desvalorizações no mercado externo, os preços permanecem em alta, ainda sob influência da elevação do dólar e da baixa disponibilidade do trigo nacional. Colaboradores do Cepea informaram, inclusive, que está sendo necessário importar o cereal de países vizinhos, Argentina e Paraguai, para suprir a demanda interna no curto prazo.

ALFACE: PROCURA É BAIXA, MAS OFERTA REDUZIDA SUSTENTA COTAÇÕES

Apesar da boa qualidade das alfaces disponíveis, o clima frio e o período de fim de mês limitaram as vendas da folhosa no cinturão verde paulista (Ibiúna e Mogi das Cruzes) nos últimos dias, segundo produtores consultados pelo Hortifruti/Cepea. No entanto, os preços não recuaram, sustentados pela menor oferta da hortaliça, que, por sua vez, é reflexo da redução dos investimentos em área. Entre 20 e 24 de junho, as cotações da alface crespa seguiram estáveis em Ibiúna, frente à média da semana anterior, fechando a R$ 20,19/cx com 20 unidades. Em Mogi, a média da variedade americana foi de R$ 27,40/cx com 12 unidades, também estável no comparativo semanal.

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