Os valores do açúcar seguem em alta no mercado spot do estado de São Paulo, segundo dados do Cepea. Nessa sexta-feira, 14, Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, fechou a R$ 81,43/saca de 50 kg, o maior valor nominal desta temporada 2020/21 (iniciada oficialmente em abril/20). Porém, nessa segunda, 17, o Indicador teve pequena queda de 0,7%, fechando a R$ 80,85/sc – no acumulado do mês, a elevação é de 3,05%. Segundo pesquisadores do Cepea, a sustentação vem das exportações aquecidas, que restringem a oferta doméstica – inclusive, cálculos do Cepea mostram que o mercado internacional tem remunerado mais que o interno. E esse cenário de elevação nos preços nacionais do cristal ocorre mesmo com a produção de açúcar crescendo com força. De acordo com dados da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), de abril/20 a julho/20, usinas do estado de São Paulo produziram 47,76% mais açúcar que em igual período de 2019.
ETANOL: INDICADOR DO HIDRATADO SEGUE EM BAIXA; ANIDRO FICA ESTÁVEL
De 10 a 14 de agosto, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado combustível fechou a R$ 1,6613/litro (sem ICMS e sem PIS/Cofins), recuo de 0,73% em relação ao período anterior. Pesquisadores do Cepea informam que a necessidade de venda de algumas usinas e a baixa demanda explicam esse cenário de desvalorização do etanol hidratado. Quanto ao anidro, por outro lado, o Indicador CEPEA/ESALQ ficou estável na última semana, a R$ 1,9104/litro (sem PIS/Cofins), pequena alta de 0,07% frente à anterior. Neste caso, a demanda para fora do estado de São Paulo continua dando sustentação aos preços.
TRIGO: AGENTES TÊM BOAS PERSPECTIVAS PARA SAFRA 2020
Até o momento, as perspectivas para a temporada 2020 de trigo seguem positivas, segundo afirmam colaboradores do Cepea. Os preços atrativos do cereal e dos derivados neste ano estimularam produtores, que elevaram a área cultivada no Brasil. Em relação às negociações no mercado spot, ainda estão lentas; porém, colaboradores do Cepea indicam que começam a receber ofertas da nova safra, especialmente no mercado de lotes. Além disso, alguns vendedores tentam liquidar os estoques remanescentes da temporada passada, otimistas com a entrada da nova safra. Os preços levantados pelo Cepea, por sua vez, seguem firmes. Quanto aos derivados, se comparadas as médias da semana passada (de 10 a 14 de agosto) e as da anterior, grande parte das farinhas e dos farelos registrou valorização. Colaboradores do Cepea relatam pequenos reajustes nas farinhas para agosto e negócios realizados de forma pontual. Para os farelos, a procura pelo a granel permanece aquecida e os preços estão firmes.
UVA: COMERCIALIZAÇÃO SEGUE LENTA; PREÇOS RECUAM
A demanda por uva nas centrais atacadistas de São Paulo segue baixa, segundo informações de colaboradores do Hortifruti/Cepea. Quanto aos preços, recuaram na semana passada. De 10 a 14 de agosto, a uva crimson teve média de R$ 11,25/kg na Ceasa em Campinas (SP) e de R$ 9,81/kg na Ceagesp, quedas respectivas de 0,8% e 9,3% frente ao período anterior. Porém, vale lembrar que as regiões produtoras não apresentam grande oferta de uva, devido, principalmente, à baixa produtividade do Vale do São Francisco (PE/BA). Esse cenário, portanto, limitou as baixas nas cotações. A partir de setembro, a produção nordestina deve aumentar, elevando os envios da fruta ao Sudeste. Além disso, as regiões que ofertam niagara, Jales (SP) e Pirapora (MG), também devem ter maior oferta a partir do próximo mês.