Os preços médios do açúcar cristal branco negociados no mercado spot do estado de São Paulo encerraram a última semana de novembro em baixa. Na sexta-feira, 29, o Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, fechou a R$ 164,55/saca de 50 kg, queda de 1,57% em relação à sexta anterior. Ainda assim, os patamares de preços observados em novembro são os maiores nominais da série histórica do Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, a oferta do açúcar de melhor qualidade, o Icumsa até 150, para as vendas na pronta-entrega seguiu baixa, reflexo do maior volume comprometido com as exportações. Por outro lado, as máximas de preços registradas ao longo da semana fizeram com que compradores resistissem a novos reajustes positivos.
ETANOL: Demanda aquecida garante alta nas médias mensais
Considerando-se as semanas cheias de novembro, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado teve média de R$ 2,6201/litro, avanço de 3,91% sobre o mês anterior. No caso do anidro, a média foi de R$ 2,8828/litro, elevação de 2,41% em igual comparativo (somente o mercado spot). Segundo pesquisadores do Cepea, as valorizações para ambos os etanóis estão atreladas à demanda aquecida, especialmente aguardada para dezembro, diante das festividades de fim de ano, e à proximidade do encerramento da safra 2024/25 no Centro-Sul. O volume de etanol hidratado captado pelo Cepea no segmento produtor ao longo de novembro foi o quarto maior da temporada atual e o mais elevado para o mês desde 2020, cenário que evidencia a demanda elevada. No acumulado parcial da safra 2024/25 (de abril/24 a novembro/24), as médias dos Indicadores CEPEA/ESALQ dos etanóis anidro e hidratado já superam as do mesmo período da temporada 2023/24, em 0,26% e em 2,03%, respectivamente.
TRIGO: Preços enfraquecem em meio à colheita na reta final
Em meio à colheita na reta final, os preços domésticos do trigo estão enfraquecidos, de acordo com levantamentos do Cepea. Por outro lado, o dólar em patamar recorde frente ao Real tende a elevar os custos da importação e, consequentemente, a dar suporte aos valores internos, ainda conforme explicam pesquisadores do Cepea. Em novembro, a média mensal do trigo negociado no Rio Grande do Sul foi de R$ 1.265,61/tonelada, queda de 1,1% frente à de outubro/24 e de 0,3% sobre a de novembro/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IGP-DI). No Paraná, a média foi de R$ 1.429,98/t, estável no comparativo mensal, mas 7,4% superior à de novembro/23. Em São Paulo, houve respectivas altas de 3,2% e 23,6%, à média de R$ 1.584,73/t em novembro/24. Em Santa Catarina, o valor médio foi de R$ 1.426,82/t, 1,5% inferior ao de outubro/24, mas 2,6% acima do de novembro/23.
BATATA: Oferta elevada pressiona cotações
Levantamento da equipe Hortifrúti/Brasil mostra que, na última semana, os preços médios da batata tipo ágata especial caíram. No atacado de São Paulo, a queda foi de 12,8%, em relação à semana anterior, com a saca de 25 quilos cotada à média de R$ 61,14; em Belo Horizonte (MG), houve recuo de 18,8%, para R$ 55,08/sc, e no Rio de Janeiro, de 8%, a R$ 61,18/sc. Segundo pesquisadores do Hortifrúti/Brasil, a baixa nas cotações é reflexo de muita oferta no mercado. As regiões produtoras do Paraná iniciaram a safra das águas com elevadas produtividades. Além disso, pesquisadores do Hortifrúti/Brasil explicam que as praças mineiras seguem colhendo batatas “atrasadas” pelas chuvas das semanas anteriores, e a Chapada Diamantina (BA) também costuma ofertar mais.