As cotações do açúcar cristal continuam avançando no mercado spot do estado de São Paulo. Nessa segunda-feira, 26, o Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, fechou a R$ 98,96 por saca de 50 kg, pouco abaixo do patamar máximo nominal da série histórica (iniciada em 2003), que foi observado entre outubro e novembro de 2016, quando atingiu R$ 100/saca. Em termos reais, o Indicador é o maior desde julho de 2017 (os valores foram deflacionados pelo IGP-DI base setembro/2020). Segundo pesquisadores do Cepea, agentes de usinas paulistas consultadas pelo Cepea seguem firmes nos preços pedidos pelo açúcar cristal no spot.
ETANOL: PREÇOS DO HIDRATADO SOBEM PELA 5ª SEMANA CONSECUTIVA
Entre 19 e 23 de outubro, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado combustível fechou a R$ 2,0452/litro (sem ICMS e sem PIS/Cofins), com alta de 1,5% frente ao anterior – esse foi o quinto avanço consecutivo dos valores. No caso do anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ foi de R$ 2,3792/litro (sem PIS/Cofins), elevação de 2,78% em relação ao da semana anterior e o sexto aumento seguido. Segundo pesquisadores do Cepea, a oferta de etanol está mais ajustada neste período de proximidade de final de safra, cenário que mantém em alta os preços do biocombustível no estado de São Paulo. Além disso, chuvas em algumas regiões paulistas no início da semana passada paralisaram pontualmente a produção, reforçando a diminuição na oferta.
TRIGO: COLHEITA SE APROXIMA DO FINAL NO PR; PREÇO SEGUE EM ALTA
A colheita da nova safra de trigo caminha para o fim no Paraná, maior estado produtor do País. No Rio Grande do Sul, as atividades de campo se aproximam de 1/3 da área. Apesar disso, pesquisas do Cepea mostram que os valores do trigo e dos derivados continuam avançando no Brasil, influenciados, especialmente, pela retração das vendas por parte de produtores. Além disso, a alta nos preços externos e a estimativa de redução na safra da Argentina também sustentam as cotações no Brasil. Entre 19 e 26 de outubro, os preços do trigo no mercado de lotes subiram 5,05% no Paraná e 8,8% no Rio Grande do Sul, fechando respectivamente a R$ 1.343,56/tonelada e R$ 1.311,2/t nessa segunda-feira, 26.
TOMATE: CLIMA MAIS AMENO REDUZ MATURAÇÃO E PREÇO SOBE
As cotações do tomate subiram na semana passada (de 19 a 23/10), conforme apontam dados do Hortifruti/Cepea. O salada longa vida 3A, caixa de 18-20 kg, teve média de R$ 73,69 (+39,41%) na Ceagesp, de R$ 90,71 (+18,58%) em Campinas (SP), de R$ 86,53 (+60,24%) no Rio de Janeiro e de R$ 79,75 (+52,46%) em Belo Horizonte (MG). De acordo com pesquisadores, apesar da intensificação de colheita da segunda parte da safra de inverno, as temperaturas estão mais amenas, o que reduziu o ritmo de maturação nas lavouras. Além disso, há diminuição da oferta da primeira parte da temporada, que está próxima do final – algumas praças já estão com a colheita encerrada. Nesta semana, Itapeva (SP) deve iniciar a colheita da safra de verão 2020/21.