Levantamentos do Cepea mostram que os preços do açúcar cristal oscilaram fortemente na semana passada. Segundo o Centro de Pesquisas, a escassez do Icumsa 150 no mercado paulista elevou as cotações, com usinas cobrando mais e compradores aceitando pagar valores superiores. Já o Icumsa 180, mais disponível, teve preços menores. Essa diferença de oferta entre os tipos de açúcar impactou diretamente as variações diárias. Na sexta-feira, dia 7, o Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, fechou a R$ 143,09/saca de 50 kg, alta de 3,04% em relação ao dia 28/02. Na comparação entre as médias semanais, o Indicador subiu 0,58%, passando para R$ 141,42/sc de 50 kg no intervalo de 5 a 7 de março.
ETANOL: Indicadores têm leve queda em SP
Os preços dos etanóis caíram levemente na semana passada, conforme apontam levantamentos do Cepea. Entre 5 e 7 de março, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado foi de R$ 2,8406/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), pequena queda de 0,41% frente ao período anterior. Para o anidro, o recuo foi de ligeiro 0,2% em igual comparativo, com o Indicador a R$ 3,2491/litro, valor líquido de impostos (sem PIS/Cofins). Segundo o Centro de Pesquisas, além do período pós-carnaval – alguns agentes retornaram ao spot somente na quinta-feira, 6 –, o início das atividades industriais da safra 2025/26 para algumas poucas unidades processadoras de cana-de-açúcar e a oferta contínua de etanol de milho deixaram distribuidoras com baixo apetite para fechar volumes mais robustos.
TRIGO: Preços sobem por mais uma semana; importações seguem firmes
Os preços do trigo subiram por mais uma semana no mercado brasileiro. Segundo pesquisadores do Cepea, o suporte continua vindo sobretudo da retração vendedora, limitando a quantidade de produto disponível. Do lado da demanda, compradores com dificuldades em negociar volumes de trigo de qualidade superior estão preferindo importar. Apesar de caírem em relação ao mês anterior, as aquisições de fevereiro cresceram no comparativo anual. Foram importadas 582,2 mil toneladas de trigo, 18,8% a menos que em janeiro/25, mas 10% a mais que em fevereiro/24, segundo dados da Secex. Nos últimos 12 meses, foram adquiridas 6,8 milhões de toneladas, a maior quantidade acumulada nesse intervalo (de 12 meses) desde junho/19.
MELANCIA: Oferta restrita eleva cotações
Na última semana, os preços da melancia graúda (>12 kg) subiram em todas as regiões produtoras pesquisadas pelo Hortifrúti/Cepea. O movimento de alta se deve à oferta ainda mais restrita da fruta, conforme colaboradores consultados pela equipe do Centro de Pesquisas. No Rio Grande do Sul, a média de comercialização da melancia de maior calibre foi de R$ 1,77/kg, aumento de 8,8% em relação à semana anterior. Em Teixeira de Freitas (BA), pesquisadores do Hortifrúti/Cepea explicam que a 2ª parte da safra ainda não se intensificou, com poucas lavouras em período de colheita. Assim, a melancia graúda (>12 kg) foi comercializada à média de R$ 1,93/kg, elevação de 5,1% em igual comparativo. Para esta semana, pesquisas do Hortifrúti/Cepea apontam que as cotações devem se manter em alta, com perspectivas de avanço na demanda pela fruta frente ao início do mês.