Ação do Banco do Brasil reage após tombo com receios sobre 2º tri
Ao longo da última semana, os preços médios do açúcar cristal registraram variações expressivas tanto positivas quanto negativas. Pesquisadores do Cepea atribuem o comportamento instável, neste final da entressafra 2024/25, à postura de agentes das usinas, que pediram valores com diferença significativa para os tipos Icumsa 150 e Icumsa 180. Considerando o mínimo e máximo captados nas vendas do cristal no mercado spot paulista, a diferença na semana passada chegou a 17 Reais/saca de 50 kg entre os tipos de açúcar. No balanço de 17 a 21 de março, a média do Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, foi de R$ 138,83/sc de 50 kg, baixa de 1,24% em relação à do período anterior.
ETANOL: Preços têm novos recuos neste final de entressafra
Os preços dos etanóis estão em queda neste período de encerramento de entressafra. Entre 17 e 21 de março, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado fechou em R$ 2,7572/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), recuo de 2,38% no comparativo com o da semana anterior. Para o anidro, a baixa foi de 1,67%, com o Indicador CEPEA/ESALQ a R$ 3,1906/litro, valor líquido de impostos (sem PIS/Cofins). Segundo pesquisadores do Cepea, agentes de usinas aumentaram a oferta do biocombustível ao longo da semana passada, no intuito de escoar os estoques da temporada 2024/25. Assim, alguns negócios foram fechados a preços menores, mas com necessidade de retirada do produto até 31 de março. A nova safra 2025/26 inicia-se oficialmente no dia 1º de abril. De modo geral, contudo, o ritmo de negócios seguiu lento, com parte das distribuidoras pressionando ainda mais os valores, conforme o Centro de Pesquisas.
TRIGO: Preços atingem maiores níveis nominais desde agosto/24
Levantamentos do Cepea mostram que os preços do trigo estão em alta desde o começo deste ano. No Paraná e no Rio Grande do Sul, as atuais médias mensais são as maiores, em termos nominais, desde agosto/24. Segundo explicam pesquisadores do Cepea, geralmente os valores do cereal avançam e/ou se sustentam ao longo do primeiro semestre, atingindo patamares elevados no meio do ano e voltando a ser pressionados no segundo semestre. Enquanto nos primeiros seis meses as cotações são influenciadas pela redução dos estoques internos, na segunda metade do ano, a chegada da nova safra eleva a disponibilidade e gera pressão sobre os valores. Assim, as importações tendem a ser maiores no primeiro semestre. Já em caso de excedentes amplos, as exportações são dinamizadas no início de cada ano, ainda conforme o Centro de Pesquisas.
ALFACE: Maior oferta pressiona cotações no interior paulista
Levantamentos da equipe Hortifrúti/Cepea mostram que os preços da alface caíram na última semana, refletindo a maior oferta. Em Ibiúna (SP), a média da alface americana foi de R$ 26,82/caixa com 12 unidades entre 17 e 21 de março, queda de 22,33% em relação à do período anterior. Em Mogi das Cruzes (SP), as altas temperaturas seguem prejudicando as lavouras, de acordo com relatos dos colaboradores do Hortifrúti/Cepea. Com a maior disponibilidade, o escoamento da folhosa está mais lento, o que, somado aos problemas de qualidade, levou à queda nos preços tanto da alface americana quanto da crespa – para as respectivas médias de R$ 33,33/cx com 12 unidades (-5,88%) e de R$ 31,30/cx com 20 unidades (-5,44%) na última semana. Ainda conforme pesquisadores do Hortifrúti/Cepea, com a chegada do outono e a expectativa de temperaturas mais amenas, a tendência é de melhora da qualidade e da produtividade, elevando a oferta.