Neste início de agosto, mesmo em pleno período de safra 2019/20, os preços do açúcar cristal, Icumsa até 180, mantiveram-se firmes no mercado spot do estado de São Paulo, de acordo com levantamento do Cepea. O patamar médio voltou à casa dos 59 reais por saca de 50 kg, resultado da resistência das usinas em baixar os valores. A liquidez seguiu estável, com casos esporádicos de negociações envolvendo maiores quantidades. A média do Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, foi de R$ 59,55/saca de 50 kg no período de 5 a 9 de agosto, alta de 1,78% em relação à da semana anterior (de R$ 58,51/sc). Negociações envolvendo maiores quantidades do cristal também foram observadas para os tipos mais escuros (Icumsa de 200 a 300). Nestes casos, o preço médio foi aproximadamente 4 Reais/saca mais baixo se comparado ao Indicador.
ETANOL: COTAÇÃO DO HIDRATADO SOBE PELA 6ª SEMANA CONSECUTIVA
De acordo com pesquisas do Cepea, o preço do etanol hidratado subiu em São Paulo pela sexta semana consecutiva. O suporte segue vindo da demanda aquecida e do posicionamento firme por parte de muitas usinas – algumas unidades estão fora das vendas. Entre 5 e 9 de agosto, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado fechou a R$ 1,7441/litro (sem ICMS e sem PIS/Cofins), alta de 1,09% em relação à semana anterior. No caso do etanol anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ foi de R$ 1,9454/litro (sem PIS/Cofins), aumento de 2,43% no mesmo período. Dados da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) divulgados na sexta-feira, 9, mostram que a demanda por etanol segue bem aquecida. Em julho, o volume de hidratado vendido no mercado interno por usinas do Centro-Sul somou 1,94 bilhão de litros, quase 13% acima da quantidade de junho. Quanto ao anidro, foram 755 milhões de litros vendidos por usinas em julho.
TRIGO: CUSTO DE TRIGO IMPORTADO CAI, MAS AINDA SUPERA PREÇO INTERNO
As cotações mais baixas do trigo na Argentina e a desvalorização do dólar frente ao Real em julho resultaram em novas oportunidades de fixação de preços para os moinhos nacionais, que, tradicionalmente, dependem das importações. As aquisições do trigo no mercado externo seguem crescentes e os volumes que chegaram aos portos brasileiros em julho foram realizados nos menores preços dos últimos cinco meses. Mesmo assim, levantamento do Cepea aponta que o valor do produto importado ainda ficou acima do registrado no mercado disponível brasileiro. Em dólar, o preço médio do importado foi de US$ 228,93/tonelada e, em moeda nacional de R$ 865,36/t (FOB, Free on Board origem), considerando-se o câmbio a R$ 3,78 em julho. Ao adicionar os custos logísticos e despesas portuárias, a média do trigo importado supera a nacional, fator de sustentação aos preços internos.
MANGA: MERCADO VOLTA A SE AQUECER E PREÇOS SOBEM COM FORÇA
Os preços da manga registraram aumento expressivo na Ceagesp entre 5 e 9 de agosto. De acordo com colaboradores do Cepea, após semanas de baixas temperaturas, que reduziram o consumo, o mercado voltou a se aquecer, beneficiando o escoamento da fruta. A palmer teve média de R$ 4,00/kg e a tommy, de R$ 4,22/kg, altas de 27% e 16%, respectivamente, frente ao período anterior. Além da recuperação da demanda, a oferta ainda não é elevada nas roças, sustentando os preços – vale lembrar que a tendência é de aumento gradual e moderado das colheitas ao longo deste semestre, tanto no Nordeste quanto no Norte de Minas Gerais. Mesmo nesse cenário, atacadistas consultados pelo Cepea apontam que a grande diversidade de calibre e de qualidade das mangas recebidas nos boxes fez com que os preços oscilassem: a palmer teve valores mínimos de R$ 3,17/kg e máximos de R$ 4,67/kg, enquanto o menor preço da tommy foi de R$ 3,33/kg e o maior, de R$ 5,00/kg.