Açúcar: Preço tem nova queda em SP

Levantamento do Cepea mostra que os preços médios do açúcar cristal branco negociado no spot do estado de São Paulo tiveram novas quedas na semana passada. Entre 4 e 8 de março, a média do Indicador CEPEA/ESALQ foi de R$ 141,94/saca de 50 kg, baixa de 2,05% em relação à do intervalo anterior. Apesar do recuo, as vendas domésticas voltaram a remunerar mais que as exportações, segundo cálculos do Cepea – cenário que não era visto desde a semana de 8 a 12 de janeiro deste ano. De modo geral, a liquidez envolvendo novos negócios do cristal na pronta-entrega continua baixa. De acordo com pesquisadores do Cepea, neste período de final da entressafra 2023/24, a oferta disponível tem sido pequena, em especial para os tipos de açúcar de melhor qualidade. Ao mesmo tempo, compradores se mantêm estocados.

ETANOL: MAIOR OFERTA PRESSIONA COTAÇÕES

Os preços dos etanóis negociados no spot do estado de São Paulo caíram na última semana, refletindo a maior oferta. Segundo pesquisadores do Cepea, os estoques mais altos em parte das usinas do estado de SP e o fato de algumas unidades anteciparem o início do processamento da cana-de-açúcar da temporada 2024/25 levaram vendedores a acelerar o ritmo de negócios, sobretudo envolvendo o hidratado. De 4 a 8 de março, o Indicador CEPEAE/SALQ deste combustível fechou em R$ 2,0706/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), recuo de 2,43% frente ao período anterior. Para o anidro, a queda foi de 1,688%, com o Indicador CEPEA/ESALQ a R$ 2,3596/litro (líquido de PIS/Cofins).

TRIGO: ESTIMATIVAS INDICAM PRODUÇÃO ABAIXO DA DEMANDA, MAS PREÇO NÃO REAGE

Apesar de dados oficiais indicarem produção global de trigo inferior à demanda na safra 2023/24, os preços do cereal seguem em queda. Segundo pesquisadores do Cepea, no mercado doméstico, a pressão vem da baixa liquidez, enquanto, no externo, está atrelada ao cancelamento de compras por parte da China e à alta nos estoques norte-americanos. Segundo dados do USDA, a colheita mundial é estimada em 786,7 milhões de toneladas, queda de 0,3% em relação à temporada anterior. Para o Brasil, a produção permaneceu estimada em 8,1 milhões de toneladas. Quanto ao consumo global, o USDA prevê 798,97 milhões de toneladas em 2023/24, elevação de 1% frente a 2022/23. Os estoques finais foram novamente reduzidos e devem somar 258,83 milhões de toneladas, baixa de 4,5% sobre a safra anterior e um dos menores desde 2015/16.

MAMÃO: PREÇOS MAIS QUE DOBRAM NA SEMANA

Na última semana, o mamão formosa se valorizou expressivamente. Segundo pesquisadores do Hortifruti/Cepea, o impulso veio da baixa oferta. As chuvas anteriores resultaram em perdas nas roças, com o surgimento de doenças e o amadurecimento além do considerado ideal. No Norte do Espírito Santo, a variedade foi vendida à média de R$ 1,78/kg entre 4 e 8 de março, forte alta de 182% em relação ao período anterior; no Sul da Bahia, foi negociada a R$ 1,67/kg, elevação de 160%; e no Oeste da Bahia, alcançou R$ 1,97/kg, aumento de 100% em igual comparativo.