De acordo com dados do Cepea, o valor médio do açúcar praticado no mercado spot do estado de São Paulo continuou registrando oscilações nos últimos dias. De modo geral, as cotações variaram de acordo com o tipo do açúcar. Segundo pesquisadores do Cepea, quando a negociação envolvia o cristal Icumsa 180 e os volumes eram mais expressivos, as usinas foram mais flexíveis em baixar os preços. Já quando a demanda era pelo cristal Icumsa 150, os valores seguiram firmes, devido à baixa disponibilidade nas usinas do estado de São Paulo. O Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, fechou a R$ 144,79/saca de 50 kg nessa segunda-feira, 21, recuo de 2,5% em relação ao registrado no dia 14.
ETANOL: INDICADOR DO HIDRATADO REAGE; ANIDRO RECUA
Mesmo diante do mercado desaquecido, os preços do etanol hidratado subiram no mercado paulista. O Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado foi de R$ 2,8825/litro entre 14 e 18 de fevereiro, reação de 1,56% frente ao período anterior. Conforme apontam pesquisadores do Cepea, com compras já fechadas em períodos anteriores, distribuidoras do estado de São Paulo tiveram pouca necessidade de adquirir novos volumes no spot. Além disso, a postura firme da maior parte das usinas acabou limitando outras aquisições de distribuidoras. Já no caso do anidro, houve queda de 0,97%, com o Indicador CEPEA/ESALQ fechando em R$ 3,1752/litro.
TRIGO: NEGÓCIOS SÃO PONTUAIS; PREÇOS TÊM COMPORTAMENTOS DISTINTOS
As negociações de trigo ocorreram apenas de forma pontual no spot brasileiro nos últimos dias, segundo informações do Cepea. Produtores estão focados na colheita da safra verão e agentes de moinhos se mostram abastecidos. Em relação aos preços, vêm registrando movimentos distintos dentre as regiões acompanhadas pelo Cepea. O movimento de alta é influenciado pelas tensões entre a Rússia e a Ucrânia e pelas consequentes elevações no mercado internacional. Por outro lado, as baixas são resultado da desvalorização do dólar frente ao Real, que tende a favorecer a importação do trigo argentino.
MANGA: COM OFERTA MENOR QUE A DEMANDA, PREÇOS DA TOMMY SOBEM
Os preços da manga tommy voltaram a subir no Vale do São Francisco (PE/BA), de acordo com dados do Hortifruti/Cepea. Esse cenário está atrelado à oferta inferior à demanda, visto que a colheita da variedade está restrita à região, que desde o início do ano vem colhendo volumes reduzidos. Na semana passada (de 14 a 18/02), o preço médio de comercialização da fruta foi de R$ 1,83/kg, acréscimo de 4% em relação ao período anterior. O ritmo de colheita tende a se intensificar apenas a partir de abril, um pouco mais tarde do que o habitual, devido aos impactos das chuvas.