Bitcoin testa paciência dos investidores em meio à cautela e liquidez reduzida
A economia chinesa enfrenta um conjunto de desafios estruturais que inclui endividamento elevado, deflação, excesso de capacidade produtiva e rápido envelhecimento populacional. O país segue fortemente dependente das exportações para sustentar o crescimento, mas vem sendo cada vez mais acusado de despejar sua produção excedente nos mercados globais, prática que agrava as tensões comerciais, sobretudo com os Estados Unidos.
As tentativas do governo chinês de estimular o consumo doméstico têm obtido resultados limitados. O principal obstáculo é o pessimismo das famílias, que enfrentam um forte efeito negativo sobre a riqueza após as perdas geradas pelo colapso da bolha imobiliária. A volatilidade do mercado acionário também contribui para esse desalento.
1. Preços de imóveis novos
Os preços de novas residências estão em queda desde meados de 2022. Em setembro, recuaram 2,2% em termos anuais, marcando o 26º mês consecutivo de retração, um sinal claro de fraqueza persistente na demanda habitacional.
2. Crise imobiliária
A prolongada desaceleração do setor imobiliário tem prejudicado a confiança do consumidor e comprimido os gastos das famílias.
3. Arrefecimento do consumo
As vendas no varejo cresceram 3,0% em setembro de 2025 na comparação anual, o menor avanço desde agosto de 2024. Embora o resultado ainda mostre expansão, ele confirma a perda de fôlego em relação à alta de 3,4% registrada no mês anterior. Alguns segmentos mostram recuperação, mas o consumo de bens discricionários segue enfraquecido. Ajustado pela queda de 0,8% no IPC de bens, as vendas no varejo tiveram alta real de 3,8%. No entanto, esse ritmo tem ficado atrás do crescimento da produção industrial desde o início do ano passado, o que reforça as pressões deflacionárias.
4. Taxas de juros
O Banco Popular da China mantém política monetária expansionista, com cortes nos depósitos compulsórios e na taxa básica de juros. Ainda assim, o crescimento anual dos empréstimos bancários caiu quase pela metade em três anos, para 6,6%.
5. Crédito bancário
O volume total de empréstimos bancários atingiu o recorde de US$ 38 trilhões em setembro, um patamar expressivo de endividamento que se refere apenas ao crédito bancário.
6. Juros de mercado
As taxas de juros de curto e longo prazos dos títulos públicos continuam deprimidas, abaixo de 2% ao ano.
7. Índices acionários
Os principais índices de ações da China têm apresentado elevada volatilidade e, no agregado, permanecem praticamente estagnados há 18 anos.
8. Desempenho da bolsa em 2025
Apesar do histórico fraco, o mercado acionário chinês mostra forte desempenho neste ano: o índice FTSE China acumula alta de 34,7% no acumulado do ano. O setor de tecnologia avança 34,8%, enquanto os segmentos de materiais básicos (77,7%), saúde (67,6%) e consumo discricionário (48,3%) lideram os ganhos.
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