Apesar de pressão nas margens, esta ação da B3 escolhida por IA bate o CDI em 2025
*Com Jesse Cohen
Alphabet: Resultados do 2º trimestre de 2025
O balanço mais recente da Alphabet (NASDAQ:GOOGL) apresentou um desempenho sólido, superando as expectativas em segmentos-chave, especialmente nos negócios de nuvem e publicidade.
No entanto, o sentimento dos investidores parece dividido devido ao aumento significativo das estimativas de despesas de capital (capex) por parte da empresa, impulsionado por investimentos agressivos em infraestrutura e capacidades de inteligência artificial (IA).
Embora esse aumento nos gastos destaque o compromisso da Alphabet em manter sua vantagem competitiva em tecnologias emergentes, também levanta preocupações sobre possíveis impactos na rentabilidade de curto prazo. Os investimentos em IA estão sustentando o forte compromisso da companhia com capex, ainda que o mercado questione o ritmo de monetização.
O retorno sobre o investimento (ROI) pode inicialmente pressionar as margens no curto prazo, mas esperamos que os investimentos melhorem os produtos e aumentem a eficiência operacional nos próximos 2 a 4 anos. Equilibrar esses investimentos com execução eficiente e inovação será essencial para alcançar um ROI positivo e manter a confiança dos investidores.
Tesla: Resultados do 2º trimestre de 2025
Embora ainda esteja longe do que os fundamentos justificariam para uma empresa avaliada em um trilhão de dólares, os números mais recentes da Tesla (NASDAQ:TSLA) trazem algum otimismo, indicando que o pior provavelmente já passou — ao menos no que se refere ao negócio automotivo principal.
Considerando a série de desafios enfrentados no difícil 2º trimestre — tanto internos quanto macroeconômicos — a deterioração das margens parece ter sido menor do que se esperava. Somado à melhora nas dinâmicas de demanda cíclica em mercados como China e partes dos EUA, isso sugere que os resultados do ano completo talvez não sejam tão ruins quanto se previa após um primeiro semestre desastroso.
Isso também mostra que a empresa enfrentou melhor do que o esperado o impacto das tarifas, otimizando a equação produção/entrega nos EUA. Embora ainda não esteja claro quanto os créditos regulatórios sofrerão em Q3, é evidente que a Tesla precisará continuar adaptando sua estratégia de produção em outras regiões para enfrentar melhor o segundo semestre.
Nessa linha, os anúncios de novos produtos estão bem alinhados com as necessidades estratégicas — especialmente no que diz respeito ao aguardado Model 2. Com a entrada da Tesla no mercado indiano e os esforços para retomar espaço na China, vemos isso como um potencial divisor de águas para o segundo semestre (H2).
Em geral — e ainda que estejamos longe de ver um suporte fundamental sólido para o preço atual das ações — a perspectiva para o negócio principal está modestamente melhor. Isso pode continuar sustentando a transição de longo prazo da Tesla para uma empresa totalmente orientada por IA e robótica, caminho no qual Elon Musk claramente tem apostado.
*Analista sênior do Investing.com