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Alta do Dólar Induzida Como Política de Governo, Agora Terá Pressão Efetiva!

Publicado 17.02.2020, 09:42
Atualizado 09.07.2023, 07:32

É notório que ainda se utilizam eventos de um passado recente, como o intenso fluxo cambial negativo de 2019, as trocas de dívidas externas por internas das empresas nacionais, a queda do saldo da balança comercial, etc., para justificarem-se as pressões sobre o preço da moeda americana no nosso mercado, mas é importante ressaltar que “tudo isto é passado” e já teve a repercussão registrada, tendo o dólar fechado 2019 ao preço de R$ 4,01, e este foi o resultante final.

Isto é passado e foi precificado ao final do ano!

O que se tem de novo na questão cambial é a intensificação do lema do governo pelo Ministro da Economia: “juro baixo câmbio alto”, e na busca deste intuito de depreciar o real “na marra”, o BC se ausentou das intervenções no mercado de câmbio desde 26 de dezembro, “assistindo os especuladores elevarem gradativamente o preço da moeda americana até o R$ 4,38” com firme atuação no mercado futuro de dólar, já que o fluxo cambial à vista revelou no período mudança radical do que havia ocorrido em 2019.

Janeiro ainda apontou fluxo cambial negativo discreto da ordem de US$ 384,0 Mi e fevereiro até o dia 7 o fluxo revelou-se positivo em US$ 3,698 Bi, o que deixa evidente que não ocorreu pressão no mercado à vista, mas que a “empinada” no preço foi construída pela clara especulação no mercado de câmbio futuro, onde o BC deveria ter previdentemente realizado oferta de “swaps cambiais tradicionais novos” para desestimular a especulação e não o fez, e pelo contrário, continuou o insustentável argumento de que o “câmbio é flutuante”, um contraditório face ao comportamento do fluxo, e o desejado como política de governo “juro baixo e câmbio alto”, que repetido inúmeras vezes tem sido um forte estímulo aos “especuladores” na impulsão do preço.

Como no Brasil, “o rabo abana o cachorro”, ou seja, o preço do mercado futuro é que determina a formação do preço do câmbio no mercado à vista, a alta foi contundente face ao sucesso da especulação.

Evidente, como sói acontecer no Brasil, há a culpa externa e o mote agora era o vírus coronavirus que provocou postura defensiva nos mercado internacional, mas a bem da verdade o capital estrangeiro já não flui para o Brasil a muito tempo, dada a perda de atratividade pela queda do juro e nem para a Bovespa face à falta de efetiva consistência das tendências que apontavam melhora da atividade econômica.

Tivemos oportunidade de várias vezes nos nossos “posts” diários de que o BC precisaria fazer oferta de “swaps cambiais tradicionais novos”, não confundir como ocorre frequentemente com “moeda”, pois é “derivativo”, para conter a espiral do preço no mercado de forma especulativa, mas estava evidente que o quadro se desenvolvia com a complacência intencional das autoridades governamentais na área.

Destacamos, sempre, que o risco era termos uma mudança abrupta nas perspectivas para nossa economia propagadas na virada do ano, e então ocorrerem pressões fundamentadas sobre o preço da moeda americana estando com o mesmo “absolutamente fora da curva”.

Então, o que temos agora um preço que “assustou” aos gestores da política cambial quando atingiu com propulsão para ir adiante o preço de R$ 4,38, o que levou o BC a anunciar duas intervenções no mercado futuro de dólar com oferta total de 40.000 contratos de swaps cambiais tradicionais novos, algo como US$ 2,0 Bi de “efeito venda com derivativo” e que promoveu a queda do preço a R$ 4,30.

Solução? Agora efetivamente não, pois para acentuar fatos concretos e relevantes num contexto que praticava uma taxa cambial artificializada, surge o provável PIB de 2019 contrariando as melhores expectativas e sugerindo crescimento de tão somente 0,89%, decepcionante.

Isto abre espaço agora para mais especulação pelo desapontamento com o crescimento do país, o que deve deixar mais distante ainda os investidores estrangeiros, e fomentar o oportunismo dos especuladores.

Então, o que se deve assistir é o BC fazendo leilões de swaps cambiais tradicionais para o enfrentamento da pressão altista e os especuladores forçando a prevalência da pressão.

Por outro lado, nestes momentos acentua-se a percepção mais aguda de que a Bovespa vem sendo ancorada pelos investidores pessoas físicas migrantes do mercado de renda fixa, como já destacamos em comentário passado, mas passa-se a observar, a partir do alerta do novo PIB de 0,89% em 2019, que as bases de sustentação de valorização acionária são frágeis, os investimentos do setor privado produtivo são baixíssimos e do setor público decepcionantes dada a escassez de recursos.

Então, no resumo temos a BOVESPA sem sustentabilidade e absolutamente vulnerável, pois o investidor pessoa física não é tolerante com perdas e a abandona ante pequenas decepções, e o preço do dólar posto “na marra” num patamar de irrealidade como política de governo para superar uma série de problemas que não consegue dar solução, passando a sofrer pressão, agora fundamentada pois as previsões de fluxos cambiais pioram, a partir de um preço base já distorcido e artificializado.

Há incertezas novas e riscos, as perspectivas tendem a ser mutantes para pior.

Últimos comentários

O correto então seria o BC ficar enfiando SWAP pra pagar o seguro das operações institucionais? Absorvendo prejuízo dos bancos pra segurar o real muito mais valorizado do que dos seus concorrentes em desenvolvimento? Oras, quem é que paga a conta? Eu? O diretor de corretora Nehme? Os bancos? Logicamente que seremos nós, os pagadores de impostos. Se o BC atuar no mercado com swap pra controlar o dólar, significa que ele estará assumindo o compromisso de pagar a diferença aos institucionais. Traduzindo, assume o prejuízo! Alguns interessados ficam loucos com o dólar subindo. Devem estar tomando uma bela naba!
Veremos!
Que tristeza perceber o que a crença cega em uma ideologia fez ao raciocínio.
Não precisa nem de ideologia para perceber o descontrole na política econômica adotada. No LONGO prazo, descobriremos o gosto amargo deste placebo ; )
Mais um excelente artigo. Se o rabo está abanando o carrocho - como bem disse - a autoridade monetária até pode acreditar num cambio livre e flutuante. Livre é a palavra mágica. Livre de manipulações da tesourarias dos cinco bancos que controlam o câmbio no Brasil. Enquanto as operações do interbancário for de 50% e a alavancagem não tiver travas reais, o câmbio nunca será livre. Sempre a economia real será refém da especulação desenfreada e que quebra as empresas, deixam os remédios, o combustível, os insumos agrícolas muito mais caros. Definitivamente não são as empregadas domésticas as culpadas pela ruína em que estamos.
O dolar tá barato. Já comprei, Vou comprar mais. variadíssimo. 5,25 / 432 . bela razao
errata - baratissimo
Se dólar alto fosse sinônimo de investimento estrangeiro, a Argentina seria uma potência mundial. O juro baixo sem repasse da queda para o consumidor até melhora o endividamento público; é importante, mas não é suficiente para tracionar o crescimento econômico. Acreditar que o investidor vai arriscar o seu capital para investir na produção é uma visão bastante otimista, já que a renda das famílias não consegue absorver um aumento na produção e o custo de se produzir no Brasil é maior do que o de se produzir na China, na Índia e na Indonésia. Já tentamos de tudo desde o Real: juros altíssimos (FHC), crédito barato (Lula), desoneração (Dilma), informalidade (Temer), câmbio alto (Guedes)... Apenas voos de galinha....
quando o rabo improdutivo quer abanar o cachorro produtivo, dá no que tem dado....copia e cola dos EUA...menos na produtividade e prosperidade.
Governo responsavel para favorecer ruralistas nas exportações e bancos nos futuros de dolar. Tem mudar essa política logo, pois tudo está atrelado ao dolar e estamos ficando cada vez mais pobres. Tem ter leilões diários no dolar. Se tivesse essa política estaria no máximo em 4 reais e gasolina abaixo dos 4 reais.
Acho que você não entendeu, Vicente. A alta foi introduzida como política pelo governo bem antes de chegar a R$4, e os instrumentos adotados pelo BC não seguram a alta do dólar perante o real, mas mascaram quedas pequenas porque prometem contratos atrelados à cotação atual contra uma cotação futura, daí existe queda mas a queda é porque os bancos querem adquirir a baixo valor, e, logo após, os mesmos compram pra poder obter o lucro no vencimento dos futuros(contratos de swap futuros), que dão um bom retorno, principalmente a cada nova rolagem.
Coronavírus e redução na taxa de juros são os responsáveis pelo valor do dólar, o que é ótimo para os exportadores. Parece que torce contra.
 Bom estava antes.
Dólar ALTO eu sou contra porque a banana Real, na mão do POVO, perde o PODER de compra ; )
 De forma alguma sou a favor da Taxa Juro nas alturas e concordo com você nos pontos sobre financiamento | carro  e outras coisas. O meu ponto é o Brasil reduziu a taxa de forma abrupta com a ideia de ACHAR que os investidores estrangeiros formariam filas para investir aqui. Não acontecendo isso o dólar vai subir muito (nós ) estamos mais pobres com uma moeda com a pior performance entre todos os emergentes.
Induzida ?
incoerente dizer que o governo está forçando o dolar para cima se está se cobrando medidas para conte-lo. Entendo que a subida é livre e a descida forçada
Há um PARASITA, em Brasília, ganhando no trade do DÓLAR e transformando o Brasil num grande CA$$INO para os especuladores da moeda ; )
Contrário, antes éramos o paraíso dos juros altos. Isso foi mudado só agora.
agora somos o paraíso do LTN... preço de P.U. subindo para os bancos especuladores... grande coisa! Ao invés de operarem vendidos em Título (que equivale a estar comprado em SELIC) estão comprados em Título sob a arbitragem do bc e lucrando do msm jeito. Grandes rentistas sempre são os credores do mundo, eles só mudam a ponta pela qual operam... quando a lacração vem dizer "vai trabalhar rentista" ela está dizendo para a classe média q deixava o dinheiro na poupança (está chamando esse povo de rentista kkk) mas com certeza não está falando isso para uma instituição financeiro de grande porte.
Que saudade do Ilan Goldfajn!
Política monetária expansionista na hora errada e em dose forte pode sair pela culatra, vide Guido Mantega... enfim, a atividade econômica tem que começar a melhorar senão vamos começar a ter picos inflacionários sem acompanhamento dos salários e lucros, aí será bem difícil sair dessa ciranda no momento atual do ciclo economico mundial... veremos...
kkkkkk
boa isso aí.
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