Conforme citamos ontem, após a decisão do COPOM em manter os juros inalterados em 6,5% aa, caso o mercado decida se prender nos próximos dias à alguma coisa na tentativa de forçar um prêmio na curva de juros, será no fato do COPOM ter retirado do comunicado a 'manutenção nas próximas reuniões'.
Ainda assim, entendemos que o cenário é de manutenção até o final do ano, dada as perspectivas inflacionários, a grande ociosidade da economia e o elevado hiato do produto, além do retorno dos índices inflacionários a partir da primeira quinzena de julho, com a normalização do abastecimento.
Um ponto positivo, mas que ainda não beneficia os consumidores é a queda do preço internacional do petróleo de mais de 8% desde o auge das paralisações, o qual, porém não foi repassado nas bombas por parte dos postos.
Mesmo com a alta em média de 3,2% do dólar desde então, o contexto ainda seria de queda do preço dos combustíveis.
No contexto internacional, a OPEP já discute o aumento de oferta para promover ganhos em escala, dado o potencial da produção americana em junho, superando as projeções no período.
Parte dos produtores insistem na política de restrição de oferta, mas Arábia Saudita e Rússia devem pautar o aumento.
No Reino Unido, atenção à decisão de juros e possível manutenção tanto da taxa, quanto do programa de alívio quantitativo.
CENÁRIO POLÍTICO
Gleisi inocentada traz dois sinais conflitantes ao atual contexto, segundo um analista jurídico que consultamos ontem.
O primeiro de isenção e imparcialidade, onde o supremo liberta Gleisi e mantém lula, não podem ser considerados parcial no processo.
O segundo, observando a composição da segunda turma do STF, libertaria mesmo o ex-presidente, embolando ainda mais o já conturbado cenário eleitoral.
Em ambos os casos, o que fica nítido é a contramão que o supremo toma ao caminho que o país vem tomando na punição de políticos e autoridades públicas.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY em queda, na expectativa pela reunião da OPEP e do BoE.
Na Ásia, o fechamento foi misto, com o petróleo em queda global.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, queda generalizada.
O petróleo abre em queda em NY e em Londres, com a reunião da OPEP e o aumento dos estoques nos EUA.
O índice VIX de volatilidade abre em alta acima de 4%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,7724 / 0,68 %
Euro / Dólar : US$ 1,15 / -0,302%
Dólar / Yen : ¥ 110,55 / 0,172%
Libra / Dólar : US$ 1,32 / 0,235%
Dólar Fut. (1 m) : 3771,95 / 0,79 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 19: 7,96 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 8,65 % aa (1,05%)
DI - Janeiro 21: 9,67 % aa (0,94%)
DI - Janeiro 25: 11,76 % aa (0,17%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,02% / 72.123 pontos
Dow Jones: -0,17% / 24.658 pontos
Nasdaq: 0,72% / 7.782 pontos
Nikkei: 0,61% / 22.693 pontos
Hang Seng: -1,35% / 29.296 pontos
ASX 200: 0,96% / 6.232 pontos
ABERTURA
DAX: -0,701% / 12606,15 pontos
CAC 40: -0,360% / 5352,99 pontos
FTSE: 0,047% / 7631,00 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 72684,00 pontos
S&P Fut.: -0,141% / 2768,10 pontos
Nasdaq Fut.: -0,082% / 7307,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,60% / 86,46 ptos
Petróleo WTI: -1,28% / $64,87
Petróleo Brent:-1,66% / $73,50
Ouro: -0,37% / $1.263,22
Minério de Ferro: 0,00% / $65,01
Soja: 0,06% / $16,76
Milho: -0,42% / $354,75
Café: -0,66% / $113,05
Açúcar: -0,25% / $11,87