O formato da reforma da previdência é exatamente aquele que se esperava no governo Temer, que pudesse tanto trazer os efeitos necessários para evitar o aprofundamento da crise fiscal, como para corrigir as distorções causadas tanto pelo funcionalismo público, quanto pelo pela questão de idade mínima.
A robustez necessária também para passar pela natural desidratação no congresso é outro ponto positivo a ser notado e agora os esforços do executivo precisam se concentrar em sair do núcleo familiar das disputas políticas e fazer política de maneira real, concreta e acima de tudo, madura.
O conforto de curto prazo da política monetária com os indicadores econômicos e de preços pode ser substituída por forte pressão, caso a reforma seja permeada tanto por excessiva volatilidade, quanto forte desidratação e no pior dos casos, não aprovação.
No exterior, os mais recentes indicadores econômicos agravaram a preocupação de crescimento econômico mais modesto, após a contração das vendas ao varejo no mês de dezembro nos EUA.
Obviamente, existe diferença da sazonalidade do período de compras nos EUA, concentrado após o feriado de ação de graças, até novembro.
Ainda assim, a contração do varejo, unida aos indicadores de preços no atacado e varejo sob total controle suscitam entre alguns analistas o temor de que os EUA estejam no limiar do seu crescimento econômico.
Ao unir tal temor à guerra comercial ainda sem solução e um possível estado de emergência totalmente fora de escopo pedido por Trump para tentar buscar fundos para o muro contra o México, o cenário ‘pesado’ se desenha cada vez mais claramente.
Atenção hoje aos resultados de Usiminas (SA:USIM5) e Alpargatas (SA:ALPA4). No exterior, PepsiCo, Allianz (DE:ALVG), RBS, Moody's e Bridgestone.
CENÁRIO POLÍTICO
Apesar de apoiadores de Bolsonaro não gostarem muito das declarações recentes de Mourão, o vice-presidente tem mostrado forte nitidez, em vista aos mais recentes eventos políticos.
A turbulência dentro do PSL é a última coisa que o governo precisa, na expectativa pela apresentação ao congresso da essencial reforma da previdência.
O problema é a quantidade de ruído vindo do núcleo familiar do presidente e por ele muitas vezes chancelado.
Por menos que os apoiadores de Bolsonaro gostem, Mourão tem total razão, roupa suja se lava em casa e não em público.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em sem rumo, com a possível eleição na Espanha.
Na Ásia, o fechamento foi negativo, com dados negativos nos EUA.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, alta generalizada, com destaque para a prata.
O petróleo abre em alta, com o aumento do corte da OPEP e sanção à Venezuela
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,2%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,7193 / -1,07 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / -0,142%
Dólar / Yen : ¥ 110,42 / -0,054%
Libra / Dólar : US$ 1,28 / 0,125%
Dólar Fut. (1 m) : 3740,50 / -0,48 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 20: 6,42 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 7,00 % aa (-0,85%)
DI - Janeiro 23: 8,12 % aa (-0,73%)
DI - Janeiro 25: 8,66 % aa (-0,69%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 2,27% / 98.015 pontos
Dow Jones: -0,41% / 25.439 pontos
Nasdaq: 0,09% / 7.427 pontos
Nikkei: -1,13% / 20.901 pontos
Hang Seng: -1,87% / 27.901 pontos
ASX 200: 0,11% / 6.066 pontos
ABERTURA
DAX: 0,197% / 11111,63 pontos
CAC 40: 0,779% / 5101,95 pontos
FTSE: 0,278% / 7217,05 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 99004,00 pontos
S&P Fut.: -0,335% / 2734,20 pontos
Nasdaq Fut.: -0,135% / 7010,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,39% / 80,26 ptos
Petróleo WTI: 0,09% / $54,46
Petróleo Brent:0,06% / $64,61
Ouro: 0,34% / $1.317,04
Minério de Ferro: 0,37% / $88,35
Soja: -1,03% / $16,41
Milho: 0,27% / $375,75
Café: 0,72% / $98,55
Açúcar: 0,95% / $12,73